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Rodermil Pizzo
30/08/2022 | 00:00
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Um chefe de cozinha fez um comentário: “Meu assado de carne é infinitamente melhor que o bolo prestígio da confeitaria ao lado”. Seu cérebro bugou? Sim! Sabe por quê? Porque não se pode comparar situações, produtos, resultados ou qualquer situação distinta uma da outra.

Atualmente as empresas de turismo, nem todas, somente as desonestas com os clientes e fornecedores, estão buscando um caminho para desempactar os resultados negativos e minimizar os trancos recebidos pela crise mundial.

Não é demérito ter resultados negativos em um momento como este, afinal, o mundo todo está passando por problemas e a retomada dos trilhos sabida é que demandará anos. O que não se pode fazer é através do benefício individualista e mesquinho comprometer o conjunto da obra.

Durante o ano de 2019 o Brasil e o mundo já viviam momentos complexos nas suas economias e todos enfrentavam recessão. A previsão para os resultados era pessimista e analisada na ordem de 80% entre a meta proposta e a consolidada, como na maioria realmente ocorrerá para todos os segmentos.

Notem que 2019 já foi um ano difícil. Ainda assim, mesmo encolhendo, muitos tiveram resultados satisfatórios. Dito isso, o ano de 2020 já iniciava com grandes desafios e dificuldades. O freio de mão somente foi puxado em março, o que desassocia os resultados de janeiro e fevereiro do mesmo ano da Covid. Janeiro e fevereiro de 2020 já indicavam que seria um ano complexo para o turismo.

Ao ser ‘tsunaminado’ pela crise sanitária, o ano de 2020 deve ser ignorado por completo como fonte de referência e comparativos para quaisquer análises futuras.

A física comprova que qualquer aceleração, ainda que mínima, será resultado acima de zero. Portanto, um executivo vir a publico, sem nenhum pudor, sem vergonha, somente a alheia, vomitar resultados positivos de sua empresa em 2021, quando comparado a 2020, merece receber o prêmio “Óleo de Peroba Business”.

Em síntese, mesmo com um cérebro de uma ostra mongoloide, todos os executivos apresentarão resultados de 2021 acima dos de 2020 e, sucessivamente, o mesmo ocorrerá em 2022 quando comparado a 2021.

Esta semana eu peço aos leitores desculpas pelo desabafo. Todavia, tratar as pessoas por menos é uma permissividade social, ainda que absurda o seja. Agora registrar publicamente que todos são insuficientemente competentes para entender sua estratégia mesquinha e traiçoeira é desdenhar de nossa inteligência coletiva. Somos agentes de viagens e não crianças em pré-escola.

Nem um salário prostituído justifica tamanha irresponsabilidade. Vergonha é boa, tem de tomar e não vende na farmácia e tampouco no bar.

Rodermil Pizzo é doutorando em Comunicação, mestre em Hospitalidade e colunista do Diário, da BandFMBrasil e do Diário Mineiro.
 




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