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Sto.André e Mauá fortalecem ações no Polo Petroquímico

União entre poder público, sociedade e empresas garantirá comitê para implementar novas políticas públicas em área delimitada

Renan Soares
Especial para o Diário
12/08/2022 | 07:58
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André Henriques/DGABC


O Polo Petroquímico de Capuava é agora uma área delimitada como complexo de indústrias e empresas do setor químico, petroquímico e engarrafamento de GLP (Gás liquefeito de petróleo). Graças a decreto assinado ontem pelos prefeitos de Santo André, Paulo Serra (PSDB), e de Mauá, Marcelo Oliveira (PT).

Com a assinatura, feita no auditório da Braskem, fica também instituído o Comitê Gestor de Governança do local, cujo objetivo será coordenar de maneira integrada novas políticas públicas de promoção e apoio à operação do polo. Além disso, o grupo ficará responsável por elaborar ações que minimizem riscos e impactos gerados pelas empresas que atuam no Polo.

O complexo de indústrias foi inaugurado em 1972, completando 50 anos no mês de junho. Segundo o Cofip (Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC), o local gera mais de 10 mil empregos na região.

“Esse decreto institucionaliza o local. Com ele os municípios de Mauá e Santo André reconhecem o polo petroquímico como uma instituição consolidada na nossa região. Cria parâmetros para que ele seja protegido. Esse comitê vai discutir a questão do diálogo com a sociedade, inclusive normas urbanísticas. Uma legislação que dialoga com o que há de mais moderno nos polos de todo o mundo”, afirmou o prefeito de Santo André e presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, Paulo Serra.

O grupo, composto por 14 membros, terá representantes dos governos municipais, da sociedade civil e de associações.

Os principais objetivos serão: realizar políticas de zoneamento urbano nas áreas do entorno; elaborar estudos e diretrizes de planejamento para harmonizar a operação das empresas com os municípios e suas comunidades; planejar e desenvolver ações para a implantação de medidas que contribuam com a qualidade de vida local, e a diminuição de riscos; e buscar o aumento da competitividade das empresas do polo, com a manutenção das operações existentes e a atração de novos investidores e laboratórios para a região.

DIÁLOGO COM A CAPITAL

Para o desenvolvimento das políticas, o Comitê Gestor vai considerar também as áreas do polo localizados no limite com a Capital. O dialogo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB) vai ocorrer junto ao Consórcio Intermunicipal.

Segundo Luiz Pazin, diretor da Braskem e do Cofip ABC, o decreto é um marco inicial, e que, a partir dele, haja conversas para uma total integração junto a Capital.

Cabe agora a definição da “área de influência”, região de ir e vir das pessoas que trabalham no polo, de caminhões, e de moradores. A delimitação da área de influência, ao redor da original, será definida a partir de estudos que ainda serão realizados.

Participaram do evento, ainda, o presidente do Cofip ABC, Max Araújo, o presidente da Agência de Desenvolvimento do Grande ABC, Aroaldo da Silva, o representante do CCC (Conselho Comunitário Consultivo), Guilherme Ferreira, o presidente do Sindicato dos Químicos, Raimundo Suzart, e o representante da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), Yhebert Golveia. 




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