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Auxílio de R$ 300 oferecido pela prefeitura é insuficiente para aluguel
Deh Oliveira
Do Diário do Grande ABC
01/04/2009 | 07:21
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Não bastasse terem perdido diversos bens devido ao incêndio na empresa Di-All Química que se espalhou por imóveis da vizinhança na sexta-feira, no Jardim Ruyce, em Diadema, as famílias que tiveram suas casas atingidas pelo fogo terão dificuldade em conseguir um novo local para se instalar com o auxílio-aluguel de R$ 300 oferecido pela Prefeitura de Diadema.

Nas imobiliárias da cidade pesquisadas pelo Diário a resposta é taxativa quando se pergunta sobre a possibilidade de alugar um imóvel nesse valor: "Neste preço nós não temos nada". As ofertas mínimas giram em torno de R$ 350, isso para um minúsculo imóvel formado por quarto, cozinha e banheiro. Ou seja, mesmo com o auxílio da administração, os moradores terão de desembolsar algum dinheiro.

A exceção foi um único imóvel de dois cômodos no Jardim Canhema. Mesmo assim, já com potenciais inquilinos interessados em alugá-lo. "São pouquíssimas ofertas de imóveis perto desse valor. As residências à disposição neste caso estão em um mesmo quintal de outras casas", explica Cassandra Freitas, gerente de vendas da imobiliária Nova São Paulo.

Caso as famílias busquem imóveis no mesmo padrão dos que foram atingidos no incêndio - incluindo a garagem - terão de desembolsar praticamente mais R$ 300.

"Casas independentes ou sobradinhos como aqueles que foram queimados, só acima de R$ 600", diz Cassandra. Nesse valor já é possível alugar imóveis em áreas mais próximas ao Centro de Diadema.

Como a maioria das ofertas é de apartamentos, o inquilino terá de acrescentar também o custo do condomínio. "O valor do condomínio varia geralmente entre R$ 150 e R$ 200", informa Pedro Gobi, da imobiliária Ballarin.

O incêndio na Di-All Química danificou três galpões comerciais e ainda 18 casas, deixando 45 pessoas sem moradia. Os imóveis, muitos deles conjugados, chegavam a abrigar até oito pessoas de uma mesma família.

Anteontem, a Defesa Civil liberou 15 das edificações que estavam interditadas, cinco na parte da manhã e dez no fim da tarde. As residências, no entanto, terão de passar por reforma, pois não têm condições de habitação imediata.




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