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Andreense ilustra mostra sobre o centenário da Semana de Arte Moderna

Fernandes produziu 16 caricaturas gigantes de pessoas ligadas ao movimento que difundiu ideias modernistas pela América Latina

Carolina Helena
Especial para o Diário
30/01/2022 | 04:41
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DGABC


O público que visitar o Memorial da América Latina a partir do dia 13 de fevereiro poderá conferir, nas pilastras do Pavilhão da Criatividade Darcy Ribeiro, exposição com 16 caricaturas de artistas ligados à Semana de Arte Moderna de 1922, que completa 100 anos. A curadoria é de Jal (José Alberto Lovetro), presidente da Associação dos Cartunistas do Brasil, e os desenhos são do ilustrador Luiz Carlos Fernandes, que mora em Santo André e trabalhou por 40 anos no Diário. A entrada é gratuita, sem necessidade de agendamento prévio, respeitando os protocolos sanitários vigentes.

A mostra, chamada de Pilares de 22, vai homenagear com caricaturas gigantes quem participou da Semana da Arte Moderna e também aqueles que contribuíram para difundir as ideias modernistas pela América Latina. Serão retratados Victor Brecheret, Di Cavalcanti, Flávio de Carvalho, Graça Aranha, Anita Malfatti, Menotti del Picchia, Villa-Lobos, Antonieta Santos Feio, Guiomar Novaes, Guilherme de Almeida, Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Plínio Salgado, Tarsila do Amaral, Manuel Bandeira e Pagu.

Fernandes conta que foi convidado pelo curador da exposição e, mesmo com curto intervalo de tempo, conseguiu produzir as 16 caricaturas à lápis. “A sensação de fazer exposição dessa é muito boa. É importante uma exposição assim. O centenário da semana de Arte Moderna só se tem uma chance a cada 100 anos de fazer”, comemora o ilustrador.

Um dos desenhos que vai compor a mostra foi publicado no caderno de Cultura do Diário e readequado para a exposição. “Refiz uma ilustração que tinha produzido para o Diário, do Mário de Andrade”, lembra Fernandes. As artes, feitas em preto e branco em uma folha A3, foram reproduzidas nas pilastras do Memorial com 1,5 metro por 4,5 metros e contam com mini-biografias dos artistas representados.

Foram escolhidos não só quem participou diretamente da Semana de Arte Moderna de 1922, mas também outros artistas brasileiros, portanto latino-americanos, que contribuíram para o que é considerado o Modernismo na América Latina, seja pela estética, pelas concepções, pelas técnicas, pelas figuras retratadas nas respectivas obras de artes para além do eixo Rio-São Paulo, como a pintora paraense Antonieta Santos Feio. Outro artista, Flávio de Carvalho, não esteve na Semana, mas foi considerado por Oswald o mais modernista dos modernistas.

O público poderá fotografar, fazer selfies e stories para se sentir no clima de 1922. As caricaturas ficarão instaladas nas pilastras em frente ao Pavilhão da Criatividade durante todo o ano.

“A ideia é homenagear quem participou da Semana da Arte Moderna e também aqueles que contribuíram para difundir as ideias modernistas pela América Latina, pois a semana não foi só um estopim, ela foi uma das estrelas de um movimento que acontecia por toda a América Latina”, afirma Jorge Damião, presidente da Fundação Memorial da América Latina.

A inauguração dos pilares acontecerá ao meio-dia do dia 13 de fevereiro, data que marca o centenário de abertura da Semana de Arte Moderna no Theatro Municipal de São Paulo. O lançamento da exposição Pilares de 22 contará com apresentação de chorinho do Trio Jr Alves. O repertório inclui canções que remetem ao cenário musical da época da Semana de 1922.




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