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Argentinos mentem, ignoram protocolos e clássico é suspenso

Quatro jogadores dos hermanos que atuam na Inglaterra não respeitam regras brasileiras e jogo contra o Brasil acaba paralisado aos 4 minutos

Dérek Bittencourt
Do Diário do Grande ABC
06/09/2021 | 09:27
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Lucas Figueiredo/CBF/Fotos Públicas
Lucas Figueiredo/CBF/Fotos Públicas Diário do Grande ABC - Notícias e informações do Grande ABC: Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra

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Os esperados duelos entre Neymar x Messi e Brasil x Argentina não aconteceram ontem, na Neo Química Arena. Ou melhor, ocorreram parcialmente, durante quatro minutos, até que o duelo pelas Eliminatórias da Copa do Mundo do Catar foi paralisado por agentes da Anvisa (Agência Nacional de Vigiância Sanitária), em razão de três jogadores dos hermanos em campo – e mais um na arquibancada – terem burlado as regras sanitárias nacionais com relação ao novo coronavírus e, consequentemente, não poderiam estar em ação. Aliás, sequer deveriam ter sido permitidos de entrar no País. Depois de muita confusão, o embate foi suspenso e a Conmebol deverá definir hoje o procedimento a ser seguido para complemento do jogo.

Horas antes da partida, a Anvisa emitiu um comunicado para alertar que Emiliano Martinez, Giovani Lo Celso e Cristian Romero (titulares ontem) e Emiliano Buendia, que jogam na Inglaterra, mentiram no desembarque em território brasileiro e, assim, entraram irregularmente no País, porque deveriam ter sido colocados em quarentena e mandados de volta ao local de origem. 

Pelo lado argentino, o técnico Lionel Scaloni reclamou que a Anvisa atrapalhou o espetáculo. O treinador ainda reclamou que se o órgão brasileiro iria agir, deveria ter feito antes. “Fico muito triste. Não procuro culpado. Se algo aconteceu ou não aconteceu, não era momento para intervir”, reclamou o treinador. “Em nenhum momento fomos avisados de que não poderiam jogar. Queríamos jogar, os jogadores brasileiros também”, declarou. “Deveria ter sido uma festa para todos, para desfrutar dos melhores jogadores do mundo. Gostaria que o povo argentino entendesse que, como treinador, tenho que defender meus jogadores”, concluiu.

Segundo informações, a ação da Anvisa, junto à Polícia Federal, seria realizada no hotel, mas a delegação argentina já havia se dirigido à Neo Química Arena. Depois, eles interviriam antes do apito inicial, no vestiário do estádio, mas os hermanospermaneceram trancados no interior da estrutura e afirmaram que iriam embora se alguém entrasse no local. 

Presidente da CBF critica Anvisa: extrapolou

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) se manifestou de maneira dúbia sobre a suspensão da partida entre Brasil x Argentina, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo. Segundo a entidade, inclusive, a Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária) extrapolou em sua ação.

“A CBF defende a implementação dos mais rigorosos protocolos sanitários e os cumpre na sua integralidade. Porém ressalta que ficou absolutamente surpresa com o momento em que a ação da Agência Nacional da Vigilância Sanitária ocorreu, com a partida já tendo sido iniciada, visto que a Anvisa poderia ter exercido sua atividade de forma muito mais adequada nos vários momentos e dias anteriores ao jogo”, disse, em nota, a CBF, que salientou ter tentado “promover o entendimento” para que “o jogo fosse realizado”.

Minutos antes, em entrevista à TV Globo, o presidente em exercício da entidade, Ednaldo Rodrigues, criticou a agência. “A Anvisa extrapolou nas suas decisões, poderia ter evitado tudo antes”, declarou o dirigente brasileiro.




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