Os guardas civis municipais de São Caetano decidiram segunda-feira manter a greve que ocorre desde a tarde de sexta-feira na cidade. O efetivo nas ruas continua reduzido a 30% do normal, e o patrulhamento das viaturas está suspenso. Segunda-feira, cerca de 50 guardas se reuniram na entrada da Câmara Municipal, para tentar mobilizar os vereadores sobre a pauta reivindicatória da categoria. Entretanto, dado o baixo número de parlamentares trabalhando, eles decidiram adiar a reunião para esta terça-feira, às 15h. A promessa é que as famílias dos GCMs também compareçam, para a realização de um panelaço.
Os 36 guardas afastados no sábado pelo comando da GCM por conta do movimento reivindicatório ainda não fora reintegrados às funções. O guarda civil Francisco Ronaldo Targino, presidente do Sindguardas – sindicato que representa os guardas civis metropolitanos da cidade de São Paulo e está auxiliando o movimento grevista de São Caetano (que não possui um sindicato próprio) – afirmou que deve entrar com um mandado de segurança nesta terça-feira no Ministério do Trabalho para que esses guardas sejam reintegrados ao trabalho.
Segunda-feira a tarde, os guardas que participam da greve afirmaram terem sido proibidos de entrar para trabalhar na mudança de turno. Apenas os guardas selecionados pelos próprios colegas puderam entrar para compor os 30% do efetivo.
Os guardas civis de São Caetano – a exemplo de todos os servidores públicos da cidade – não têm direito de greve assegurado pela legislação. “A Constituição de 1988 prevê o direito, mas é preciso que o Congresso Nacional aprove uma regulamentação específica, o que nunca aconteceu”, disse o presidente do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Caetano do Sul). Por isso, há incertezas sobre a volta dos guardas afastados por conta da greve pelo comando da Guarda. “A saída agora é sentar e negociar com a Prefeitura”, diz o presidente do sindicato, que declarou apoio total ao movimento dos guardas.
Além do retorno ao trabalho dos 36 guardas afastados pelo comando, os GCMs têm uma lista de reivindicações de mais de 10 itens, entre melhorias salariais e de condições de trabalho – que iniciaram o movimento grevista dos guardas.
Segurança – O único serviço prestado pela GCM que não sofreu alterações foi a vigilância dos prédios públicos de São Caetano. Todo o patrulhamento realizado pela guarda nas ruas – que no mês passado resultou na prisão de sete pessoas envolvidas com o roubo de carros – está suspenso. “A gente deixa só duas viaturas, dentro do quartel, que ficam paradas. Elas só vão sair se algum guarda nos postos pedir socorro”, disse o porta-voz dos guardas paralisados, Orivaldo Teixeira.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.