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500 MIL VIDAS PERDIDAS PARA A COVID

Brasil sucumbe ao prenúncio da tragédia e vira segundo no mundo a ultrapassar essa marca

Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
19/06/2021 | 16:27
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Celso Luiz/DGABC


O Brasil ultrapassou neste sábado a marca de 500 mil vidas perdidas para a Covid-19. Pouco mais de um ano após o início da pandemia, o País assiste à persistência do negacionismo e do boicote às medidas sanitárias e sucumbe ao prenúncio da tragédia. Nesta tarde, o número de vítimas chegou a 500.022, segundo dados fornecidos pelas secretarias estaduais de saúde e compilados pelo consórcio de veículos da imprensa brasileira.

Com esses dados, o Brasil vira o segundo país no mundo a ultrapassar essa cifra. Só perde para os Estados Unidos, onde, também sob o manto do negacionismo alimentado pelo governo até o ano passado, já registrou mais de 600 mil vítimas. A diferença é que, após guinada na condução da pandemia com a nova gestão do presidente Joe Biden, o gigante da América Latina ainda patina para vacinar sua população. Até esta sexta-feira, apenas 11,41% (24.171.806) dos brasileiros já foram totalmente imunizados com as duas doses. A fatia dos que tomaram a primeira corresponde a 29,21% da população.

O número de vítimas da Covid no Brasil é equivalente a toda a população de Diadema (426.757), mais um estádio do Morumbi lotado, ou mais de uma Mauá inteira dizimada - 477.552 habitantes, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). No Grande ABC, são 8.673 mortos pela Covid desde o início da pandemia.

As estatísticas revelam que, no cenário nacional, a curva do número de mortos vem crescendo: nesta sexta, foram registradas 2.449 vítimas em 24 horas, elevando a média móvel (comparação com a quinzena anterior) para 2.039 vidas perdidas por dia. A média de novos casos no Brasil também apresenta tendência de alta, de 15%, em relação a 15 dias atrás: 71.565 novos contaminados. Nas sete cidades, o movimento é o contrário. Enquanto o patamar de mortes apresenta estabilidade, o de novos casos explodiu 50,9% nas últimas duas semanas no Grande ABC. E é esse último índice ajuda a medir o avanço da pandemia e acende o alerta para a possível pressão sobre o sistema público de saúde.

O Diário revelou, entre março e abril, que pouco mais de uma centena de moradores da região morreu de Covid à espera de leito de UTI: foram 134 pacientes nessas condições, sendo 40 deles em Ribeirão Pires; em São Bernardo, 38; seguido por Diadema (23); São Caetano (15); Mauá (11); e Rio Grande da Serra (sete). Embora não tenha registrado vítimas nessa condição, Santo André viu, no início deste mês, três pacientes graves de Covid morrerem por falta de oxigênio após pane elétrica na usina.

No que se refere à vacinação, o Grande ABC bateu recorde, nesta sexta, do total de imunizados num único dia: 26.6767 doses aplicadas. Se mantido esse ritmo diário, as sete cidades conseguem cumprir a promessa do governo João Doria (PSDB) em imunizar toda a população adulta (com a primeira dose) até a primeira quinzena de setembro.  




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