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Na 2ª tentativa, 7 fogem da cadeia de Ribeirão
Glauco Araújo
Do Diário do Grande ABC
08/03/2004 | 21:02
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Depois de tentarem fugir na madrugada de sábado, nove presos da cela 3 da Cadeia Pública de Ribeirão Pires tentaram de novo e conseguiram escapar, às 7h40 desta segunda. Eles cortaram a tela de proteção do teto do pátio da carceragem, com ajuda de uma tereza (corda improvisada feita com retalhos de panos), e fugiram depois de cortar uma cerca de arame farpado instalado na muralha.

Dois dos presos foram recapturados minutos depois. Um deles por um investigador da Delegacia Sede da cidade, que estava de plantão na muralha da unidade, ainda no teto da cadeia. O outro foi encontrado quando saía de um ônibus na avenida Humberto de Campos. Sete homens continuam foragidos.

Apesar da ação do investigador na recaptura de um dos detentos, ele foi indiciado por facilitação de fuga culposa. “Entendo que ele atuou com negligência, mas não tem participação efetiva em um plano para essa fuga”, disse o diretor da cadeia, Roberto Borges.

Os presos conseguiram escapar por um dos lados do muro em que o cachorro da raça Rotweiller não conseguia chegar. O animal foi colocado no local pela chefia da carceragem justamente para tentar inibir fugas. Um dos dois alicates usados pelos detentos foi apreendido pela polícia.

Durante a manhã desta segunda, investigadores do SIG (Setor de Investigações Gerais), do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e do 1º Distrito Policial de Mauá reforçaram a segurança do local, enquanto a recontagem dos presos e uma revista na carceragem foram realizadas. Uma operação para a recaptura dos foragidos foi montada, mas sem sucesso.

Segundo o diretor da cadeia, 283 detentos ocupavam as celas da unidade, que tem capacidade para apenas 86 homens. “Estamos com falta de carcereiros, pois dois morreram e não houve reposição dessas vagas. Temos de improvisar com investigadores para fazer alguns plantões na muralha, que não pode ficar sem um policial”, explicou Borges.

Seguro – Em dezembro, dois presos conseguiram escapar da mesma cadeia. Eles estavam na cela do seguro – destinada a detentos ameaçados de morte. Parte da grade de um duto destinado à respiração dos presos foi serrada e abriu caminho para a avenida Brasil. Um terceiro ficou entalado no buraco e impediu uma fuga em massa.

Em novembro, 13 presos fugiram durante a troca de turno do carcereiro. Duas terezas com cerca de oito metros cada foram usadas para a fuga em massa, além de um alicate de corte também apreendido.




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