Para reconhecer as pessoas com dificuldade de enxergar, os próprios educadores do programa – orientados pela Fundação Santo André – fizeram, em sala de aula, o primeiro exame em 350 alunos matriculados no programa. Quem teve problemas detectados foi encaminhado para um exame mais aprofundado na Unimed Saúde – uma das parceiras da ação social. Boa parte dos freqüentadores do programa tem idade avançada, o que explica os problemas de visão. Em 2002, 18% dos alunos tinham mais de 55 anos.
Uma das estudantes que está enxergando melhor porque recebeu óculos é Isabel Martins Teixeira, 61 anos. “De perto não enxergava nada. Agora vejo tudo bem melhor.” Isabel não tem dúvidas de que vai poder acompanhar melhor as aulas. “Já usava óculos, mas estava fraco”, disse a aluna do Mova. Com os óculos antigos, Isabel afirma que estava difícil ler e escrever. Ela está no Mova há um ano e, agora, afirma que vai até o fim.
Para a coordenadora do programa, Ana Maria Gouveia Colombo, a doação dos óculos é uma medida preventiva. “Não dá para prever quanto de queda na desistência teremos, mas não tenho dúvida de que haverá redução.” Segundo ela, esta é a segunda vez que o programa firma parceria para cuidar da visão dos alunos. Na primeira etapa, há dois anos, 500 foram beneficiados pela medida preventiva.
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