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Açao policial tem pouco resultado na regiao
Alexandre Hisayasu
e Maurício Rodrigues
Da Redaçao
05/08/2000 | 17:07
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Os comandos das polícias Civil e Militar da regiao apontam algumas medidas que poderiam ajudar a amenizar a incidência de violência nos cruzamentos do Grande ABC.

O delegado seccional Dejar Gomes Neto, que responde por Santo André, Mauá, Ribeirao Pires e Rio Grande da Serra, acredita que uma das formas de se combater o roubo de carros é atacar os desmanches clandestinos, que recebem a maior parte dos veículos roubados e revendem as peças por valores abaixo do preço de mercado.

"Se acabarmos com os desmanches, o ladrao nao tem para quem vender os carros e os roubos tendem a diminuir", disse Dejar. Desde que assumiu o comando da Delegacia Seccional de Santo André, em março, oito desmanches clandestinos foram descobertos. A maior parte estava localizada na área do 2º Subdistrito.

Segundo o delegado, a regiao é a mais crítica do município e registrou 300 casos apenas em abril. A polícia apurou que a maior parte dos carros roubados nessa área é levada para desmanches da zona Leste de Sao Paulo. Dejar trocou o comando do 2º DP em maio e os números, apesar de altos, tiveram uma queda de aproximadamente 25%. Em julho, o distrito registrou cerca de 230 ocorrências. "O delegado Mariano Rosa (titular do DP) vem realizando constantes bloqueios nos pontos mais críticos para reprimir a açao dos ladroes", afirmou Dejar.

Em Diadema, a rota de fuga dos assaltantes é a zona Sul da capital. O delegado assistente da seccional, Mitiaki Yamamoto, disse que a maior parte dos veículos roubados no município é encontrada nos bairros de Santo Amaro, Jardim Miriam e Pedreira, na capital. "As áreas mais críticas em relaçao ao roubo de carros estao na divisa com Sao Bernardo, nas imediaçoes do bairro Piraporinha", contou. Segundo Yamamoto, a polícia está patrulhando diariamente as regioes mais perigosas.

O delegado Pedro José Liberal, da Seccional de Sao Bernardo, que também cuida de Sao Caetano, acredita que a integraçao com a Polícia Militar poderá ajudar no combate a esse tipo de crime. "As delegacias registram os casos e investigam. Mas a açao dos bandidos continua. O processamento dos dados permite criar informaçoes sobre a violência. A troca com a PM ajuda a detectar o problema e agilizar o combate", disse Liberal.

O tenente-coronel Odair Rosa do Nascimento, 51 anos, comandante do 10º Batalhao, responsável pelo policiamento em Santo André, explicou que o combate aos crimes nos cruzamentos é constante. "Assim que surge o problema, a orientaçao é reforçar o patrulhamento no local", afirmou o oficial. A orientaçao é para as viaturas estacionarem nos cruzamentos mais críticos. O comandante também aposta no patrulhamento com motocicletas. "É nossa arma contra os assaltos nos cruzamentos. Tem mais agilidade, principalmente em áreas de trânsito carregado", avaliou. O tenente-coronel comentou que a extensao territorial e o grande número de ocorrências em Santo André dificultam o atendimento. "É comum ter 30 ocorrências acontecendo no mesmo período", disse.

Em Diadema, o tenente-coronel Luiz Carlos Barreto de Oliveira, 47 anos, comandante do 24º Batalhao, afirmou ter intensificado o policiamento nos cruzamentos mais críticos. "Um exemplo foi no Anel Viário, área da favela Naval, onde ocorreram dois homicídios em cruzamento", disse. Para ele, o problema dos ataques nos cruzamentos também passa pela administraçao pública. "Em alguns cruzamentos, a falta de uma iluminaçao adequada cria o ambiente propício para a açao dos bandidos", disse o tenente-coronel Barreto.




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