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SP perde controle no combate à Covid
Do Diário do Grande ABC
03/12/2020 | 23:59
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A pandemia da Covid-19 jamais esteve sob controle no Estado de São Paulo e muito menos no restante do País. Há pouco mais de duas semanas, o governador João Doria, do PSDB, publicou vídeo em suas redes sociais para desmentir informações de que endureceria as restrições de quarentena logo após as eleições municipais.

'Vim aqui para desmentir mais uma fake news, mais uma mentira. Depois das eleições, nós não vamos fechar comércio ou endurecer as medidas de combate à pandemia. A pandemia está sob controle, por isso, seguimos pauta da ciência e da medicina. É a saúde que determina o que temos que fazer aqui. Não é a política. Não agimos por pressão política ou por outros interesses. O meu repúdio aos que espalham esse tipo de mentira para prejudicar nossa gestão ou fazer um golpezinho às vésperas da eleição. Nossa gestão em São Paulo sempre agiu de forma transparente e vamos continuar fazendo assim, priorizando a vida dos brasileiros’, disse o governador, em vídeo divulgado no dia 13 de novembro.

Não foi isso que vimos assim que as urnas foram fechadas. A partir de segunda-feira, dia 30, todas as regiões do Estado de São Paulo foram colocadas na fase amarela do Plano São Paulo. Isso significa que o comércio e serviços passam a ter redução na ocupação máxima de público de 60% para 40%. O horário de funcionamento será limitado a dez horas diárias. E eventos com público em pé estão suspensos novamente. Proibição de diversas atividades, especialmente culturais. Medidas acertadas por causa da gravidade da doença, mas que foram adotadas tarde demais para não atrapalhar a eleição e a popularidade dos tucanos. Curiosamente, todas essas medidas só foram divulgadas um dia após a reeleição de Bruno Covas como prefeito da Capital.

O fato é que os números de casos e de mortes diárias vêm aumentando consideravelmente nas últimas semanas. Segundo o boletim coronavírus, organizado pelo próprio governo de João Doria, a cidade de São Paulo teve crescimento superior a 41% no número de novos casos de Covid-19 no último mês. Na Grande São Paulo, onde o Grande ABC está inserido, a taxa de ocupação de UTI quase chegou a 60% na sexta-feira, dia 27, com o registro de 882 novas internações no dia. É o maior número desde 27 de agosto. Em todo o Estado a ocupação de UTI é de 51%. Em 18 de novembro, diversos veículos de imprensa publicaram reportagens em que médicos já criticavam a inércia do governo do Estado diante do agravamento da situação. De lá para cá nada foi feito. Em meio a tantas incertezas e falta de ações, a pergunta que fica é: quantas pessoas perderam a vida por causa da demora de João Doria para endurecer a quarentena?

Luiz Fernando é deputado estadual pelo PT-SP.


PALAVRA DO LEITOR

Não funciona!
Mais uma vez estou decepcionado com setor que deveria estar funcionando a bem do munícipe em Santo André, mas que não funciona! Dia 1º, por volta de 21h, acionei o departamento de trânsito de nossa cidade, porque tinha um veículo estacionado em frente à minha garagem, como de costume, pois moro perto de um restaurante e quadra de futebol, mais precisamente na Alameda Campestre entre as ruas Vitória Régia e Figueiras. O atendente disse que enviaria a viatura, mas, como sempre, não veio. Somos destratados quando questionamos o dono do veículo, que não respeita as leis. Também somos quanto ao atendimento nesse setor, que não funciona. Ora, se não funciona, termine, pois o município está gastando dinheiro sem funcionamento. Havia também veículos estacionados nas faixas de segurança, o que também foi passado ao atendente. Se existe gravação é só ouvir.
Claudio Luiz da Silva
Santo André

Abstenções
É, no mínimo, com grande tristeza que li neste Diário a notícia de que quatro em cada grupo de dez eleitores deixaram de votar no segundo turno no Grande ABC, nas cidades de Diadema e de Mauá (Política, ontem). Este foi direito conquistado pelo brasileiros a duras penas, há pouco tempo, e já está sendo desprezado pela população. Vivemos, por enquanto, em democracia, queremos que permaneça e, por isso, o voto é muito importante e a única arma para mudar qualquer situação social, econômica ou educacional. Sabemos que na política brasileira não temos grandes líderes, mas esses que estão aí são os que temos e são esses que teremos que escolher, uma vez que não se levantam outras pessoas melhores que tenham coragem de enfrentar o desafio das urnas. Por outro lado, nota-se que justamente nas classes menos favorecidas, nos jovens, desempregados, pequenos empresários que precisam de mais ajuda e recursos do governo foi onde a ausência de votos foi mais notada. É triste. Não podemos julgar o que se passa na mente dessas pessoas, mas qualquer mudança tem de passar pelo voto, até a obrigação de votar ou não.
Alberto Utida
Capital

Agradecimento
Em nome da Fundação Pró-Memória, de São Caetano, e de todo seu corpo profissional, venho por meio desta agradecer à parceria, ao espaço e à colaboração com essa instituição durante toda a sua história, especialmente neste ano de 2020 (Memória – Setecidades). Graças à sua generosidade (Ademir Medici), tivemos ampla divulgação de nossas realizações em sua conceituada coluna Memória, publicada há décadas por este Diário. Destaco o espaço dado para nossa agenda histórica, que sempre abria cada mês deste ano com riqueza de informações e dados. Colocamo-nos à disposição e reiteramos nossos laços de amizade e admiração com intuito que eles se fortaleçam cada vez mais em 2021, ano em que a Pró-Memória completará 30 anos de existência e que, com certeza, será motivo de comemoração com imensa programação de atividades.
Charly Farid Cury,
presidente da Fundação Pró-Memória

E aí, STF?
Votações: 4 de dezembro de 2020 sobre reeleição para presidente do Senado e automaticamente da Câmara, desrespeitando o artigo 57, parágrafo 4º da Constituição Federal, do qual o STF (Supremo Tribunal Federal) é guardião. Lembrando, o Senado, de acordo com a Lei 1.079/1950, é o que pode pedir impeachment de ministros do STF por crimes de responsabilidade! Dia 19 de dezembro de 2020: se julgada após essa data há risco de prescrição da ação penal em que Lula é acusado de receber propina da Odebrecht de R$ 12 milhões sobre compra do terreno para o Instituto Lula. Aberto em 2014, está travado pelo ministro Ricardo Lewandowski. Vai ou não entrar na pauta? Ou não terá quórum? Ou alguém vai pedir vistas?
Tânia Tavares
Capital 




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