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PSDB governará mais gente, mas recua
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
01/12/2020 | 00:01
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O PSDB perdeu uma Prefeitura no Grande ABC na comparação com 2016. Reelegeu três prefeitos – Paulo Serra (Santo André), Orlando Morando (São Bernardo) e José Auricchio Júnior (São Caetano) –, mas não conseguiu manter a quarta administração. Na eleição de 2016, Gabriel Maranhão foi reconduzido à Prefeitura de Rio Grande da Serra pelo tucanato, mas saiu da sigla no meio do mandato. A perda foi reposta com o retorno de Adler Kiko Teixeira, prefeito eleito pelo PSB em Ribeirão Pires. A despeito de ainda comandar o maior número de gestões e também de pessoas no Grande ABC, o PSDB viu reduzir um pouco o índice de administração de moradores. Em 2016, 63,7% dos munícipes da região tinham prefeitos tucanos. Esse percentual agora é de 61,5%. O mais representativo nesses dados, entretanto, é o avanço do maior rival do PSDB, o PT, em território regional. Se em 2016 o petismo nem sequer elegeu prefeitos, neste ano, com os triunfos de José de Filippi Júnior (Diadema) e de Marcelo Oliveira (Mauá), a legenda passa a governar para 32,2% do Grande ABC. Avanço do PSDB no Grande ABC, iniciado em 2016 e consolidado agora, ainda não bate os números que o PT registrou quando estava no seu auge. Em 2012, quando três prefeitos da região eram do petismo – Carlos Grana (Santo André), Luiz Marinho (São Bernardo) e Donisete Braga (Mauá) –, o partido governava para 72,8% da população regional.

BASTIDORES

Visita
Superintendente da Unidade de Comunicação da Prefeitura de Santo André, Luciana Patara visitou ontem o Diário e foi recepcionada pelo diretor superintendente do jornal, Marcos Bassi.

Contrastes – 1
O aperto dos números no segundo turno em Diadema e em Mauá provocou um cenário que não foi visto na eleição de 2016. À época, quatro cidades do Grande ABC levaram a concorrência para a fase final – Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá. Em três delas, o perdedor viu sua influência e sua popularidade irem pelo ralo. Carlos Grana (PT), em Santo André, Vaguinho do Conselho (Republicanos à época, hoje Solidariedade) e Donisete Braga (PT à ocasião, PDT agora) foram superados na reta final e, quatro anos depois, ficaram no ostracismo. Grana concorreu, e perdeu, a uma cadeira de vereador em Santo André. Vaguinho nem sequer disputou o pleito em Diadema. Donisete ficou longe do protagonismo na corrida eleitoral majoritária em Mauá.

Contrastes – 2
Tanto Taka Yamauchi (PSD), em Diadema, quanto Atila Jacomussi (PSB), em Mauá, foram superados no pleito de anteontem, mas com a sensação de uma derrota menos amarga do que poderia ser. Ainda durante a apuração, aliados de Taka defendiam que o pessedista lançasse candidatura a deputado, porém, o jogo político a ele é mais complexo, envolve o deputado estadual Márcio da Farmácia, o vice-prefeito de São Bernardo, Marcelo Lima (PSD), e o prefeito de Ribeirão Pires, Adler Kiko Teixeira (PSDB), que não conquistou a reeleição. Atila também deixou seu comitê aos gritos de que deveria ser candidato a deputado. Evitou falar de futuro, porém, deixou a possibilidade aberta. Sua mulher, Andreia Rolim Rios (PSB), é outro nome com potencial eleitoral.

Gastos em saúde
O governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), tem destacado mais do que os limites constitucionais para a área da saúde em meio à pandemia de Covid-19. Conforme dados do Portal da Transparência, de janeiro a novembro, R$ 545,7 milhões foram pagos em despesas relacionadas à pasta. O volume representa 32,75% de toda a despesa da Prefeitura neste ano. Segundo a Constituição Federal, o governo precisa despender 15%, no mínimo, em saúde. 




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