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Basta rápido passeio pelas principais vias das cidades do Grande ABC para se ter a impressão de que a Covid-19 deixou de ser ameaça à saúde da população. São raras as pessoas que se preocupam em seguir as recomendações sanitárias básicas, especialmente sobre a obrigatoriedade da utilização de máscaras de proteção facial. A falta de comprometimento dos indivíduos e a ausência de fiscalização das autoridades certamente estão na base do aumento dos casos de contaminação e mortes pelo novo coronavírus. O que a sociedade espera colher com este tipo de comportamento completamente irresponsável?
Entende-se a dificuldade do cidadão de, aos oito meses de confinamento, manter-se trancado em casa, ainda mais com o aval das autoridades para que retomem a vida – o Grande ABC está atualmente na fase verde do plano estadual para a saída da quarentena, a menos restrita antes da que está sendo chamada de novo normal. Ocorre que a população parece não ter entendido, ou se conscientizado, de que a flexibilização das atividades só é segura se todas as regras de prevenção forem seguidas. Infelizmente, não é o que se vê na região.
E as autoridades municipais, muitas delas preocupadas com os efeitos de eventuais sanções no desempenho de si próprios ou de seus aliados no primeiro turno das eleições, realizado no domingo, simplesmente abdicaram do dever de fiscalizar reiterados desrespeitos às regras que podem evitar a proliferação do novo coronavírus. Reportagem publicada nesta edição do Diário mostra que apenas 31 pessoas, sendo 25 em São Bernardo e seis em Ribeirão Pires, foram multadas por deixarem de usar a máscara.
A junção de tantos ingredientes resultou neste prato indigesto para a sociedade do Grande ABC, que assiste ao assustador aumento do número de casos de contaminação e mortes provocadas pelo novo coronavírus sem se dar conta de que cuidados simples poderiam fazer toda a diferença no momento em que os cientistas ainda trabalham para obter a vacina, que, finalmente, vencerá a pandemia.
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