O também aposentado José Farias, 54, ficou indignado com o corte de abacateiros e outras espécies que ele havia plantado. "A cada corte de grama, uma árvore a mais é arrancada do parque."
O engenheiro Osvaldo de Almeida, 40, disse que há dois anos comprou 22 mudas de ipês amarelos e as plantou no local. Hoje, apenas duas continuam no Norio Arimura. "Colocava adubo para que as árvores crescessem bonitas e pudessem fazer sombra para quem usa os bancos do parque. Nao dá gosto de fazer mais nada."
Nelson Esgobe, 44, disse que, após várias reclamaçoes ao Depav, foi constituída uma comissao de manutençao da área para intervir junto ao departamento. "Mas a comissao nao tem poder de decidir, apesar de sermos nós os responsáveis pela manutençao do parque", disse. "Chegamos a solicitar um jardineiro para trabalhar aqui, mas ele tem ordens de retirar as árvores."
Esgobe contou ainda que foram arrancados pés de ameixa amarela, de amora e de tamarindo. "Eram essas árvores que atraíam passarinhos e aves ao local. Hoje, sao poucos os que ficam por aqui."
O Depav informou, por meio da assessoria de imprensa da Prefeitura de Santo André, que existe uma norma municipal adotada em várias cidades que proíbe o plantio de árvores caso o munícipe nao tenha autorizaçao do órgao público.
Segundo o departamento, na recuperaçao do parque estava previsto o plantio de árvores frutíferas silvestres respeitando o planejamento técnico e padroes que nao devem ser alterados. As espécies que nao obedeciam a essas regras tiveram de ser retiradas. A comunidade pode enviar um pedido para o Depav sugerindo o plantio de determinadas árvores, se quiser. Os pedidos serao estudados e, caso sejam viáveis para a área, poderao ser atendidos.
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