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Seqüestro termina depois de 15 dias
Bruno Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
17/11/2006 | 22:12
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Uma advogada de 32 anos que foi seqüestrada e estava em cativeiro havia 15 dias foi libertada na manhã de quinta-feira, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. A família estava negociando com os seqüestradores e chegou a fazer o pagamento do resgate. A vítima passa bem.

De acordo com o GAS (Grupo Anti-Seqüestro) da Polícia Civil de São Bernardo, a advogada foi raptada quando saía para almoçar, em local não divulgado, no dia 1º deste mês. Três homens interceptaram o carro da vítima e a puseram no veículo deles, partindo sem deixar rastro.

O primeiro contato dos seqüestradores ocorreu no dia seguinte ao rapto da advogada, e as negociações seguiram sempre por telefone. O irmão da vítima conversava com os criminosos, sem a interferência direta da polícia. Os seqüestradores deixaram claro que não queriam policiais agindo no caso.

“Quando isso ocorre, orientamos a família sobre como proceder, afinal, ter o parente de volta é o primeiro objetivo”, explica o delegado-titular do GAS, Valdir Antônio Covino Júnior.

Após duas semanas de contatos, o pagamento do resgate foi marcado para a madrugada da última quinta-feira. O irmão da vítima foi sozinho levar o dinheiro. Nem a quantia paga e nem o local de entrega do pagamento foram divulgados pela polícia, a pedido dos familiares da advogada.

Horas depois do pagamento, a vítima foi libertada. Ela não saberia dizer onde ficou encarcerada. Na rua, a advogada procurou um telefone público e ligou para a casa de um tio, que avisou o irmão e chamou a polícia.

O GAS ainda não tem pistas contundentes sobre a quadrilha que realizou o seqüestro ou o local exato do cativeiro. “Estamos realizado diligências e averiguando algumas informações, mas é cedo para qualquer afirmação”, diz o delegado Antônio Covino.

A vítima estava muito abalada e sem condições de prestar depoimento à polícia até sexta-feira. Por isso, Covino informa que ela só será ouvida – e espera-se que traga mais detalhes sobre o seqüestro que sofreu – na segunda-feira.

Quedas – Segundo o último levantamento sobre crimes no Estado de São Paulo divulgado pela Secretaria de Segurança Pública, os índices de seqüestro têm apresentado quedas na Capital, mas se mantido estável na Grande São Paulo, que inclui o Grande ABC.

Na capital, no terceiro trimestre do ano passado, foram registrados 16 casos de extorsão mediante seqüestro. No mesmo período deste ano, foram dez ocorrências dessa natureza.

Já na Grande São Paulo, no terceiro trimestre do ano passado, foram registrados oito casos. No terceiro trimestre deste ano, o número foi de nove seqüestros.



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