As temperaturas altas nesse início de semana e o ar seco tornaram terça-feira e ontem os dias em que a umidade relativa do ar foi a mais baixa desde o início do ano, no Grande ABC, registrando 19%, quando o ideal seria 60% de umidade.

“Como a região não possui uma estação meteorológica, tomamos como base as estações mais próximas, que são a de São Mateus e a da Vila Prudente, em São Paulo”, disse o meteorologista Adilson Nazário, do Centro de Gerenciamento de Emergências de São Paulo.

Quem estiver com a esperança de que o dia de hoje será mais fresco engana-se. O especialista adianta que as temperaturas ficarão quentes, por volta de 32°C, e a umidade relativa permanecerá em baixa com o mesmo percentual de 19%, sem previsão de chuvas.

Amanhã, como estão previstas chuvas rápidas, a umidade relativa deve melhorar, chegando a registrar 30%, ajudando a amenizar a qualidade do ar. Mas depois das pancadas, a temperatura deve permanecer alta até o fim de semana.

Para evitar problemas respiratórios nos dias de baixa umidade do ar e temperaturas altas, o médico pneumologista Adriano Cesar Guazzelli, da Faculdade de Medicina do ABC, em Santo André, orienta que as pessoas tomem bastante líquido, usem roupas adequadas e espalhem vasilhas com água, ou, usem aparelhos vaporizadores nos ambientes.

O especialista alerta também que as pessoas que têm rinite, asma, bronquite crônica e enfisema pulmonar não devem parar com a medicação que costumam tomar.

“Como as pessoas geralmente têm crises dessas doenças na época do inverno, no verão elas deixam de tomar os remédios e, quando a umidade fica muito baixa a tendência é piorar”, explicou Guazzelli.