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Mais 5 vítimas reconhecem homem acusado de estupro
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
03/03/2005 | 14:22
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Renato Peigo, 26 anos, preso na semana passada sob acusação de roubo a residências em Santo André e estupros, foi reconhecido por outras cinco vítimas. Transferido para a Cadeia Pública de Santo André junto com o irmão, Carlos Eduardo Peigo, 24, que seria seu comparsa, Renato foi levado ao Pronto-Socorro Municipal para coleta de sangue. A polícia quer provar, por meio da comparação do DNA, que ele abusou sexualmente das mulheres. O resultado do exame de sangue será comparado aos testes feitos pelo IC (Instituto de Criminalística) do sêmen recolhido em preservativo e peças íntimas das duas últimas vítimas, moradoras dos bairros Valparaíso e Vila Floresta, em Santo André.

Os irmãos foram presos na madrugada do último dia 23 em uma favela do Sacomã, na zona Sul de São Paulo, um dia depois de roubarem uma casa no Valparaíso. À polícia, Renato teria afirmado que o irmão mais novo, Carlos Eduardo, não sabia dos estupros. O criminoso teria praticado sexo anal com as vítimas e deve ser enquadrado por atentado violento ao pudor.

Depois da prisão e da publicação das fotos dos acusados na edição de sábado no Diário, mais cinco mulheres procuraram a polícia afirmando terem sido vítimas da dupla. Quatro casos já foram confirmados como de autoria dos irmãos. O mais antigo foi um roubo à residência no Bairro Mauá, em São Caetano, em outubro do ano passado. Uma jovem de 25 anos teria sido violentada.

Outro caso onde o envolvimento dos irmãos Peigo foi confirmado pela polícia teria ocorrido em novembro, no bairro Rudge Ramos, em São Bernardo. A vítima foi uma jovem de 20 anos. Por ambos os crimes, Renato já foi indiciado pela Delegacia de Defesa da Mulher de São Bernardo. Outras duas vítimas, uma mulher de 56 anos da Vila Livieiro (divisa de São Bernardo e São Paulo), e outra de 26 anos, residente na Vila Floresta, também reconheceram os irmãos como autores do roubo. Estas mulheres, segundo a polícia, não teriam sofrido abuso sexual.

Pai – Durante os depoimentos, a polícia afirma que Renato não soube dizer exatamente o que o levava a praticar os crimes. Teria dito apenas que sente revolta pela mulher tê-lo abandonado com o filho de 3 anos. Renato também teria contado que utiliza ônibus para chegar aos locais dos crimes, acompanhado do irmão, Carlos Eduardo, que não tinha conhecimento de que abusava das vítimas durante os roubos. “O irmão ficava do lado de fora e Renato é que entrava para pegar os objetos”, explica a delegada Angela de Andrade Ferreira, da Delegacia da Mulher de São Bernardo.

Os primeiros crimes teriam sido praticados no segundo semestre do ano passado, em São Caetano e em São Bernardo. Neste ano, os irmãos migraram para bairros de Santo André e a polícia investiga ainda se atuaram na zona Sul da capital, onde foram presos na semana passada.

Os irmãos estão sob prisão temporária na Cadeia Pública de Santo André. Nesta semana, o delegado do 1º DP de Santo André, Marcos Cattani, que investiga o caso, vai pedir prisão preventiva da dupla.



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