As provas de disciplinas exatas – Matemática, Física e Química – foram as mais difíceis no exame da Fundação, segundo os estudantes ouvidos pelo Diário. “São muitos cálculos e matérias que a gente aprendeu no ensino fundamental. Coisa que a agente não vê há muito tempo”, disse Patrícia Martins Mendes, de Santo André. Com 17 anos, a estudante disputa uma vaga no curso de Sistema da Informação. Se não for aprovada, ainda tem chance de passar na Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), em São Bernardo.

Diante do grau de dificuldade da prova de Matemática, agitada, Larissa Nicoletti, 18 anos, picotava papéis, sentada sozinha na mureta do estacionamento do campus. “Presto para Matemática e foi a prova mais difícil. Estou nervosa porque não me preparei e estou jogando com a sorte. Se não conseguir, vou ter de tentar de novo só no ano que vem.” No fim do primeiro semestre, a estudante desistiu do curso de Arquitetura e não mergulhou nos livros para disputar a vaga para a nova opção de carreira. Ela não prestará exames em outra instituição.

As vagas da Fundação são divididas entre três faculdades: Faeco (Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas), Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) e Faeng (Faculdade de Engenharia Engenheiro Celso Daniel). O exame teve 80 questões de conhecimentos gerais e uma redação.

“Na redação fui bem porque era só falar sobre nossos objetivos”, disse Douglas Guimarães Freitas, 17 anos. O estudante concorre a vaga em Engenharia da Computação e, assim que acabou a prova, deixou o campus para aguardar em casa a divulgação do gabarito na Internet. Com o gabarito em mãos, aí sim o estudante acha que ficará ansioso. Passar, “só quando souber que fui aprovado”, disse. Além do processo seletivo da Fundação, Freitas encara, no próximo fim de semana, a primeira fase do vestibular da Fuvest.