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Guarda de S.Caetano afirma que matou estudante por acidente
Javier Contreras
Do Diário do Grande ABC
03/12/2003 | 20:43
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O guarda municipal de São Caetano César Wendel Delfim, 23 anos, foi o homem que atirou e matou o estudante Anderson Nobuyuki Yamamoto, também de 23 anos, na madrugada de segunda-feira no bairro São José. Ele se entregou à Polícia Civil e alegou que o tiro foi acidental, após uma suposta tentativa de Yamamoto para desarmá-lo. Delfim, que é guarda há apenas oito meses, foi indiciado por homicídio doloso (com intenção), mas vai responder ao processo em liberdade.

Segundo Adilson Aquino, titular da Delegacia Sede da cidade, Delfim se apresentou por conta própria e pôde retirar a arma do crime, uma pistola calibre 380. A arma era registrada em seu nome, mas Delfim não possuía o porte, ou seja, não poderia andar com ela nas ruas. Ele também será processado por porte ilegal de arma.

Em seu depoimento, Delfim, cuja função era patrulhar o parque Chico Mendes e o Bosque do Povo das 22h às 6h, disse ter sabido da perseguição em andamento pelo rádio da Guarda, mas não que o motivo era banal – iria ser feito um simples boletim de ocorrência de embriaguezl. “Ele alegou que estava na estrada das Lágrimas (local do crime) quando ouviu a comunicação via rádio. Quando o Gol entrou na estrada, ele mandou que parassem e Yamamoto obedeceu e saiu, enquanto o outro rapaz (o policial civil Miguel Manzione, que estava embriagado) permaneceu no carro. Então, disse que a vítima tentou se aproximar dele e tomar sua arma, que teria disparado acidentalmente”, disse.

A versão de tiro acidental não convenceu a Polícia Civil, que o indiciou pelos dois crimes. Delfim, porém, não foi preso por ser réu primário e por ter se entregado e apresentado a arma espontaneamente à polícia. Ele poderá ser preso se a seqüência do processo for prejudicada.




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