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MST realiza encontro em São Bernardo
Willian Novaes
Do Diário do Grande ABC
19/12/2009 | 09:28
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O MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) começou ontem o 25º Encontro Estadual, com a presença de cerca de 450 assentados de diversas regiões do Estado de São Paulo, nas dependências da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania de São Bernardo.

Uma das ações da entidade será a realização de um ato contra a criminalização dos movimentos sociais, na noite de hoje, no Teatro Cacilda Becker, no Paço Municipal, a partir das 20h. O prefeito Luiz Marinho (PT) é um dos convidados. Também foram chamados integrantes de outros partidos, de movimentos pelos direitos das mulheres e da Igreja Católica, entre outros. O evento será aberto ao público.

"Vamos fazer um balanço crítico das nossas lutas deste ano com o ato público, em que pretendemos mostrar para a sociedade o nosso trabalho", disse Karina Martins, 24 anos, secretária do MST no Estado de São Paulo.

Segundo a administração do movimento, a escolha pela primeira vez de uma cidade do Grande ABC foi uma maneira para facilitar o deslocamento de parceiros de outros movimentos sociais da Grande São Paulo.

O município cedeu o ginásio do Centro de Referência do Idoso para os debates e para as acomodações. Os assentados trouxeram colchões, barracas e alimentação.

A proposta da reunião tem como objetivo definir uma série de diretrizes para o próximo ano e acertar os posicionamentos políticos da entidade.

Um dos objetivos do encontro é eleger 43 integrantes da nova diretoria estadual, indicar dois dirigentes - um homem e uma mulher - para a direção nacional, além da definição das metas para o próximo ano.

Uma das primeiras conversas de ontem foi a sucessão presidencial. "Já começamos a discutir esse assunto. Mas esse foi um (ponto) de muitos que virão", conta Karina.

Para Soraia Soriano, da direção nacional, o atual governo não cumpriu o acordo de 100 mil assentamentos em 2009.

"Vamos terminar este ano com 18 mil famílias assentadas. Isso é muito pouco. Não existe política de reforma agrária, mas sim de compensação. Este governo não avançou, como estava previsto, e frustrou as nossas expectativas", analisa.




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