Setecidades Titulo
Universidades do Grande ABC buscam comunidade
Sucena Shkrada Resk
Do Diário do Grande ABC
05/04/2003 | 17:04
Compartilhar notícia


Universidades particulares do Grande ABC têm ampliado nos últimos anos a relação com a comunidade, por meio da prestação de serviços principalmente na área da saúde e de assistência jurídica. Em alguns casos, as consultas são gratuitas ou têm valores abaixo do mercado. O motivo é um só: o público-alvo são famílias com baixa renda e os serviços são realizados por estagiários, inseridos no conceito de clínica-escola. Nesse processo, alunos, professores e a população estreitam o relacionamento, o que estimula a humanização no tratamento.

A Faculdade de Educação Física da Fefisa (Faculdades Integradas de Santo André), na Vila Pires, por exemplo, oferece desde a década de 80 aulas gratuitas de ginástica respiratória para crianças e adultos portadores de asma ou bronquite, por meio do projeto Respira-Ação. “Nossa proposta é diminuir a intensidade das crises e promover a reeducação respiratória”, explica a professora de educação física Marlene Paulino de Souza, 40 anos.

“Esse serviço é de grande valor e precisa ser mais divulgado. Desde novembro, o meu filho Lucas (13 anos) participa das aulas. Tem melhorado muito sua asma”, disse a recepcionista Luzia Lucin, 42 anos.

Aos sábados, turmas de alunos portadores de deficiência mental têm aulas de ginástica adaptada na instituição. Esse é um dos serviços mais concorridos e tem vagas limitadas.

Clínicas – A UniABC (Universidade do Grande ABC), de Santo André, mantém clínicas-escola de enfermagem, fisioterapia, nutrição, psicologia, além de um hospital veterinário e de um escritório de assistência judiciária. Brevemente, o laboratório de análises clínicas e toxicológicas também será aberto ao público.

Segundo o pró-reitor comunitário da instituição, Paulo César Geglio, novos projetos comunitários também estão em andamento. “Pretendemos construir um centro policlínico. Adquirimos no ano passado um terreno na avenida Industrial para construirmos um prédio que concentrará fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia e farmácia.”

Recentemente, o Hospital Veterinário da instituição também iniciou o projeto Carroceiro, em que esses trabalhadores podem levar no máximo três animais para serem tratados. As consultas têm valor simbólico.

A Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), de São Bernardo, como a UniABC, também abre suas clínicas-escola à população. São as unidades de fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, psicologia, odontologia e hospital veterinário.

“Quando cheguei na clínica de fisioterapia, estava praticamente inválida, porque tinha quebrado o fêmur quando caí da escada de casa. Em oito meses, estou praticamente andando sem a ajuda de muletas. Devo minha recuperação em grande parte à forma de tratamento”, disse a dona de casa Ana Molina Barros, 71 anos. A estagiária de fisioterapia Luciana Nani, 21 anos, afirma que atende a cada paciente de forma personalizada. “Ver a melhora de cada um dá a maior satisfação.”

Segundo o assessor de extensão da instituição, Paulo Bessa, atualmente também está em fase de finalização um projeto em parceria com a Prefeitura de Mauá. “Devemos implantar no mês de agosto rádios na escolas municipais Clarice Lispector, Cora Coralina e de Educação Especial, que transmitirão informações por sistema de alto-falante. Nossos estagiários de comunicação darão todo o suporte para o programa, que tem o intuito de difundir a educação comunitária.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;