O crescimento explosivo dos casos de dengue em todo o Brasil anunciado quinta-feira pelo Ministério da Saúde também teve reflexo no Grande ABC. Com exceção de Santo André e Rio Grande da Serra, que não informaram os dados oficiais à equipe do Diário, a cidade com maior índice de casos autóctones (contraídos na cidade) foi Diadema, com 168, além de 109 importados (contraídos fora da cidade). Em todo o ano passado a conta não passou de dez casos.

A segunda cidade com índices alarmantes de contaminação do mosquito aedes aegypt é São Bernardo, com 86 casos notificados até agora em 2010, contra 16 no ano passado. Em Mauá, no mesmo período, foram confirmados três casos. Já neste ano, a contagem subiu para 47, todos contraídos em outras regiões. Ribeirão Pires também apresentou aumento do índice, com um caso registrado no ano passado, ante 13 confirmados em 2010. Nenhuma das cidades citadas teve registro de mortes.

"A população negligencia os cuidados que deve tomar para evitar a reprodução do mosquito. Ninguém presta atenção até que o risco chega próximo", explicou a médica Regina Maura Zetone, assessora especial da Coordenação de Ação Social da Prefeitura de São Caetano, que garantiu que o monitoramento contra a proliferação da doença continua sendo realizado na cidade como nos anos anteriores.

De acordo com a assessora, a cidade contará a partir de dezembro com 11 novos agentes de controle de endemias, que irão intensificar a campanha de disseminação de informações e vistorias nas residências da cidade.

Em todo o Estado foram registradas 201.312 mil ocorrências até o mês passado, sendo que em todo o ano de 2009 foram 9.710, crescimento de quase 2.000%. O maior índice foi em 2007, com 92.345.