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Fiéis rezam terço sobre destroços de capela histórica
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
03/11/2008 | 07:21
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Integrantes da Orquestra de Violeiros e Berranteiros de Mauá rezaram um terço na manhã de ontem sobre o entulho que restou da Capela Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, demolida na última segunda-feira.

Algumas pessoas que freqüentavam o local se emocionaram durante a oração. "A fé de minha família foi fortalecida aqui. É impossível não se sentir derrotado ao ver tudo no chão", disse a dona-de-casa Verônica Moreira, 44 anos, que foi batizada e se casou na capela.

A justificativa dada pelo padre José Ailton Teixeira, que há dez anos está à frente da paróquia São José, que inclui a capela, não convenceu os fiéis que freqüentavam a capela. "Ele nos disse que, com a chegada do Rodoanel, o fluxo de carros aumentaria e nós não conseguiríamos mais atravessar a avenida e vir para cá", disse a vendedora Maria do Socorro Moreira, 34 anos.

Após o terço, João Aleto, que comanda a orquestra, informou que na próxima terça-feira será realizada uma reunião no Teatro Municipal, às 19h30, para definir onde será construída a réplica da capela. "É um momento de tristeza rezarmos em cima de terra, mas não vamos nos abater. Construiremos outra para ficar guardada em nossos corações", disse.

Patrimônio - A Capela Nossa Senhora Aparecida e São Sebastião, que ficava na Avenida Papa João 23, no bairro Sertãozinho, era prova viva da história da cidade. Erguida em 1915, era o mais antigo edifício religioso de Mauá. Mesmo com toda a história que o pequeno templo guardava, o prédio nunca foi tombado como patrimônio histórico de Mauá.




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