De acordo com o demógrafo Carlos Eugênio Ferreira, a projeção não surpreende, mas reafirma a importância de tendências já constatadas em outros levantamentos. No último censo populacional do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), por exemplo, São Caetano já despontava como a única das sete cidades da região a registrar redução no total de habitantes, em torno de 3%, índice confirmado pelo Seade.
“A explicação não está somente na queda da taxa de natalidade – que até 2020 deve ficar em 0,9% –, mas no envelhecimento geral da população brasileira, além da adoção de novos costumes. É preciso ver mais que os números absolutos”, diz Ferreira.
Entre os costumes citados pelo demógrafo, destaca-se o fato de mulheres com maior nível de escolaridade optarem por ter menos filhos, o que condiz com a realidade social de São Caetano.
Os cenários demográficos delineados pela fundação contêm níveis de detalhamento por área, faixa etária, sexo e idade escolar. Os dados estão disponíveis, pela primeira vez, ao cidadão comum, que, assim como as administrações, poderá fazer suas avaliações sobre a região.
O modelo também leva em consideração aspectos migratórios da região e do Estado. Uma ferramenta essencial para traçar políticas públicas prioritárias para áreas que precisam de mais atenção do poder público, como o Montanhão, em São Bernardo. Embora urbanizado, a comunidade do bairro não conta com opções de lazer, unidade de saúde e posto policial.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.