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Parque Central, em Sto.André, terá museu da Ciência
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
05/04/2003 | 16:58
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A área de 412 mil m² do parque Central, próximo à avenida Pereira Barreto, em Santo André, será revitalizada e abrigará a Escola-Parque Arte e Ciência, com projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha, um dos mais renomados do Brasil. A licitação para o projeto foi publicada no dia 25 do mês passado. Entretanto, Mendes da Rocha afirmou que o contrato (R$ 860 mil é o valor do projeto, segundo publicado na licitação) ainda não foi assinado. “O projeto está na pauta da administração atual há um bom tempo. Inclusive, inicialmente a proposta deste centro tecnológico era para outro endereço. Chegamos até a fazer um estudo no local”, disse o arquiteto. No caso, o museu seria incluído em parte da área do Eixo Tamanduatehy – projeto arquitetônico que prevê a revitalização de área contígua ao rio Tamanduateí e à linha férrea.

De acordo com a secretária de Educação do município, Cleuza Rodrigues Repulho, a revitalização do parque significa para a rede de ensino municipal a implementação de um programa de alfabetização científica, voltado a todas as idades. Um dos destaques do projeto seria um museu de ciência interativo, semelhante à Estação Ciência, que funciona em São Paulo. O projeto será desenvolvido em parceria com a Faculdade de Engenharia Engenheiro Celso Daniel, da Fundação Santo André.

O espaço deverá promover a aproximação e construção dos conceitos elaborados pela ciência, principalmente para os estudantes matriculados em escolas da rede municipal de ensino. “Os visitantes terão acesso às diversas tecnologias. Eles receberão explicações concretas sobre conceitos que antes não ultrapassavam a imaginação. Trata-se de um projeto que se enquadra como a terceira geração de museus.” Além do contato com os experimentos, Cleuza afirmou que o projeto deverá privilegiar a água. “Vamos aproveitar que a área do Parque Central tem várias nascentes.”

Segundo o prefeito João Avamileno, para sair do papel, a escola-parque depende de parceria com o setor privado. Assim: a Prefeitura está disposta a ceder 30% do terreno do Parque Central para uma construtora em troca da realização da obra. Há uma semana engenheiros fazem trabalho de topografia e medição no parque. A área que seria entregue à construtora fica na parte alta do terreno, que é plana, e comportaria um empreendimento residencial. A Prefeitura também precisa definir e acertar a transferência dos moradores da favela da Gamboa, que faz divisa com o parque. Mendes da Rocha já esteve no local para avaliar o novo terreno e informou que a única construção do parque – onde já funcionaram banheiros – poderá ser recuperada.




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