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Cofap inicia obras para avaliação ambiental no Barão de Mauá
Isis Mastromano Correia
Do Diário do Grande ABC
10/01/2009 | 07:00
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A Cofap iniciou os preparativos para realização dos estudos do solo e da água do Residencial Barão de Mauá, no Parque São Vicente, em Mauá.

Um canteiro de obras está sendo montado no entorno dos prédios para abrigar equipes e ferramentas da Geoklock, empresa especializada em Engenharia e Geologia Ambiental, contratada para fazer o diagnóstico da área contaminada por 44 substâncias tóxicas, conforme apontamento da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental do Estado).

A Cofap é uma entre as cinco rés obrigadas pelo MPE (Ministério Público Estadual) a fazer a avaliação ambiental do terreno. A determinação judicial é baseada no inquérito civil 35/2008, da Promotoria de Mauá, de 2 de julho de 2008.

O documento estabelece que todas as rés, de forma solidária, se responsabilizem pelo estudo sobre as atuais condições do terreno.

Contudo, a Cofap informou ter se prontificado a iniciar a pesquisa e posteriormente buscará o ressarcimento do valor investido entre as demais rés. A empresa não divulgou quanto custará o estudo.

Além da Cofap - antiga dona do terreno, antes usado como lixão industrial clandestino - são considerados culpados pela construção do residencial em área contaminada, as construtoras Soma e SQG, a cooperativa Paulicoop e a Prefeitura de Mauá.

O secretário de Meio Ambiente da cidade, Sérgio Afonso Pereira, disse não ter sido avisado sobre o início dos trabalhos de avaliação ambiental no Barão de Mauá, mas a Cofap informou que a Prefeitura autorizou o local escolhido para a construção do canteiro de obras, que está em área pública.

A Cetesb comunicou não ser necessária autorização ambiental para a construção do canteiro de obras, porém, depois de questionada pelo Diário, a companhia informou que enviará um técnico na segunda-feira para avaliar as intervenções que estão sendo realizadas no residencial.

Segundo técnicos da Geoklock, será feita ampla investigação do terreno e de água do subsolo do residencial, mas ainda não há data para o início dos estudos nem para divulgação dos resultados.

Os trabalhos serão monitorados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e acompanhados pelo Ministério Público Estadual e os resultados submetidos à análise da Cetesb.

Sem informações a respeito da nova movimentação no entorno do condomínio, moradores se dizem surpresos com a construção do canteiro de obras. A Cofap informou que a comunicação sobre os trabalhos aos moradores ficará a cargo do Ministério Público Estadual.




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