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Consórcio discute crise no Nardini
William Cardoso
Do Diário do Grande ABC
05/04/2009 | 07:00
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Os prefeitos das sete cidades da região discutem no encontro de amanhã do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC, em Santo André, saídas para o caos no atendimento do Hospital Doutor Radamés Nardini, em Mauá. A intenção é encontrar formas de sensibilizar o governador José Serra (PSDB) ou obter auxílio efetivo do Ministério da Saúde o quanto antes para salvar a unidade de Saúde.

Durante reunião dos secretários de Saúde em meados do mês passado, a crise no Nardini foi tida como um problema regional. Todos os presentes concordaram que o caos na unidade mauaense tem afetado as cidades vizinhas. De parte da solução para os moradores do Grande ABC, o hospital se tornou um dispersor de pacientes pelas demais cidades. Em suma, um fardo a ser carregado por todas as administrações, que sentiram o aumento na procura por atendimento em suas unidades de Saúde.

Denúncias, determinações judiciais e fatos concretos não foram suficientes para que soluções técnicas fossem tomadas até o momento. A discussão ganhou espaço na esfera política com a acusação do Palácio dos Bandeirantes de que a gestão petista de Mauá usaria o Nardini para atacar os tucanos. O ataque, porém, não teve resposta das administrações municipais.

O governador diz que não é omisso, e que tem feito esforços para a elevação do teto de repasses do Ministério da Saúde. Se Brasília enviar dinheiro direto para o Nardini, Serra garante que entregará os recursos. Diz também que já ajudou o hospital na gestão de Leonel Damo (PV), liberando R$ 2,45 milhões para reformas emergenciais nos últimos anos.

O hospital custa R$ 50 milhões anuais somente em manutenção e espera também a ajuda do governo federal. Para isso, a administração municipal deve enviar relatório solicitado pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, em encontro realizado na metade de março com o prefeito Oswaldo Dias (PT).

No fim da semana, o presidente do Consórcio Intermunicipal e prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PTB), ainda tentava agendar encontro com representantes do poder público estadual. Seria a retomada de negociações para o auxílio imediato. Foi a última tentativa de devolver à discussão meramente técnica uma decisão que se caracteriza como eminentemente política.




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