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Prefeitura adia ‘ex-Epac’ pela 3a vez
Marco Borba
Do Diário do Grande ABC
01/11/2006 | 22:17
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Pela terceira vez a Prefeitura de Santo André adia a entrega da Escola Parque do Conhecimento, construída dentro do Parque Central, na Vila Assunção. O espaço, antes conhecido pela sigla Epac, passará a se chamar Sabina, nome escolhido por concurso. A data prevista para a inauguração agora é fevereiro de 2007. As obras foram iniciadas em 2004 e a previsão inicial era a de que fosse finalizada em dezembro do mesmo ano. Depois passou para o final de 2005 e, finalmente, agosto de 2006.

Segundo justificou quarta-feira a secretária de Educação e Formação Profissional, Cleuza Repulho, a inauguração na reta final do ano letivo não faria sentido. “Alguns equipamentos ainda estão por chegar. Até montarmos alguns deles, as crianças já estariam de férias.”

Entre tais objetos - 70 no total - está uma réplica feita em resina do tyrannosaurus rex, de 13m e 470 kg, que chega a Santo André na próxima semana, proveniente da Califórnia (EUA). Com ele virão dois técnicos para a montagem. A réplica do dinossauro, cujo esqueleto original foi encontrado com 65% dos ossos preservados no Estado americano de Montana, irá se juntar a outras oito no espaço Ciências da Vida, onde também vai funcionar um aquário marinho - vai abrigar um tubarão martelo - e um serpentário.

Em setembro de 2005, a justificativa da secretária de Obras, Miriam Blóis, para a desaceleração das atividades foi a de que se continuasse no ritmo em que estava, o prédio poderia até ser entregue em dezembro do mesmo ano, mas que ficaria ocioso porque a contratação de funcionários e das obras e exposições só seria concluída em meados de 2006.

Outro fator que resultou no atraso da obra foi o fato de que a construção do serpentário e do aquário não estão prevista no projeto do arquiteto Paulo Mendes Rocha.

A reportagem do Diário esteve no local terça-feira e constatou que o prédio recebe os últimos ajustes e pintura. “Temos condições de entregar a obra dentro de 15 dias”, garantiu o engenheiro civil Carlos Henrique Valezin, da H Guedes, empresa responsável pela construção.

Os aquário do tubarão e o serpentário já estão prontos para receber os animais. No caso do aquário, só falta a instalação dos vidros e maquinário de tratamento da água. “Os animais (tubarão, peixes, e uma raia) já estão na quarentena e em breve deverão ir para lá)”, conta a secretária.

Segundo Cleuza Repulho, para a concepção das áreas que abrigarão os animais, a Prefeitura precisou estabelecer parcerias com universidades, entre elas a USP.

A Epac contará com cinco ambientes, divididos por cores. O dos “dinos” será azul, enquanto o de Ciência Física e Tecnologia, amarelo.

Situada no interior do Parque Central, a ex-Epac ocupa cerca de 8 mil m² de área construída. O espaço foi concebido para funcionar nos mesmos moldes da Estação Ciência da USP (Universidade de São Paulo).

Além do espaço para a réplica dos animais, o prédio terá ainda um anfiteatro, biblioteca com 2 mil títulos dos mais variados níveis de ensino da ciência e da arte. “Pensamos em um espaço que contemplasse não apenas a criança, mas também o adulto. Teremos títulos que servirão de pesquisa até para quem já faz pós-graduação”, destacou Cleuza Repulho.

Segundo a secretária, o custo anual do espaço está estimado em R$ 2 milhões. Os recursos virão, em parte, da cobrança de ingressos (valor ainda não definido). “Vamos bancar a entrada dos alunos da rede municipal, mas as escolas estaduais e privadas terão de pagar. Os recursos vão para o Fundo Municipal de Educação.”

A abertura do Sabina, cuja obra foi orçada em R$ 40 milhões, será com a exposição de obras (esculturas e gravuras) do artista plástico andreense Luiz Saciloto. A exposição vai durar seis meses. Ainda não há previsão para a inauguração da segunda fase do projeto - a instalação de um cinema 3D. “Estamos na fase de captação de recursos.”

Segundo a Prefeitura, o nome fantasia Sabina foi escolhido entre 14 sugeridos para denominar a Escola Parque do Conhecimento por sua sonoridade e por ter o domínio livre de registro no Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).

O espaço, com capacidade para até 500 pessoas, só será aberto à visitação pública aos sábados e domingos, das 9h às 16h.



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