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Prefeitura de São Caetano quer discutir contaminação
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
03/03/2005 | 14:16
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A Prefeitura de São Caetano protocola nesta quinta-feira petição no Fórum para solicitar à juíza substituta da 5ªVara Cível, Érika Ricci, que marque audiência na próxima semana com as partes envolvidas no caso da área das Indústrias Químicas Matarazzo. O terreno da empresa, desativada em 1986, está contaminado por substâncias tóxicas e cancerígenas e a Prefeitura utiliza parte da área para construção do complexo viário que liga o bairro Fundação ao Centro. Desde a última segunda-feira, as obras estão paralisadas no local em cumprimento de determinação judicial.

“Temos de buscar uma situação satisfatória para o bem da coletividade”, diz o secretário de Assuntos Jurídicos da Prefeitura, João da Costa Faria. À revelia do Ministério Público e da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental), a Prefeitura construiu em terreno da Matarazzo duas pistas de acesso ao novo viaduto, que liga a avenida Guido Aliberti, região Central da cidade, à avenida dos Estados. Uma das vias passa exatamente em cima de uma das unidades desativadas da fábrica de soda, cuja produção utilizava o mercúrio. A substância pode ser letal, dependendo do grau de exposição.

A intenção de Faria é reunir, além da juíza, o promotor do Meio Ambiente, Júlio Sérgio Abbud; o engenheiro da regional da Cetesb de Santo André, Luiz Antonio Brun; representantes da própria Prefeitura, Matarazzo e da Sunset do Brasil. A última empresa, ligada ao ramo imobiliário, adquiriu em dezembro de 2000, por meio de leilão, 119.381.81 m² da área total do terreno de 250 mil m² da Matarazzo.

Liberação – O secretário de Assuntos Jurídicos adiantou que vai pedir também para que a juíza libere imediatamente parte do complexo viário – do viaduto até uma das pistas que dá acesso à rua Mariano Pamplona. “A intenção é liberar o trânsito, inclusive dos veículos que vêm da avenida dos Estados, sentido São Caetano”, afirma. Em contrapartida, a Prefeitura – que previa inaugurar a obra no próximo dia 31 – deve fazer o isolamento da área contaminada para evitar o acesso de pessoas. Antes, no entanto, vários operários trabalharam diretamente com a terra contaminada. A Matarazzo alega que a área foi invadida pela administração municipal.



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