Com trabalhos produzidos entre 1987 e 2000, a retrospectiva tem curadoria do norte-americano Charles Stainback e abre para visitação a partir de sexta-feira. O término está previsto para 12 de agosto e os ingressos custam R$ 5.

Vik Muniz, que nasceu em 1961 no bairro da Lapa e mora nos Estados Unidos desde 1983, expõe ainda em outros dois espaços em São Paulo, com entrada franca. Na Galeria Camargo Vilaça, até 28 de julho, serão mostradas 12 fotografias das séries Pictures of Air e Pictures of Color. Já no Instituto Cine Cultural, espaço inaugurado semana passada em uma casa dos anos 50 na avenida Rebouças, poderão ser vistas até 21 de agosto outras 65 fotografias assinadas pelo artista, em mostra intitulada Clayton Days – Picture Stories.

A exposição no MAM-SP conta com imagens de 17 séries fotográficas de Vik Muniz. Entre elas, Sugar Children e Pictures of Chocolate, nas quais, como os nomes indicam, Muniz faz desenhos com açúcar e chocolate, respectivamente, e depois fotografa os resultados. Ele também utiliza esta técnica em composições criadas com lixo recolhido durante o Carnaval e serragem, por exemplo.

Entre outros trabalhos, ainda há recriações feitas a partir de obras de arte celebrizadas pelos meios de comunicação.

Ver Para Crer chega à cidade natal de Vik Muniz após ser vista nos Estados Unidos e depois de temporada de três meses no MAM-RJ (Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro). A diferença da mostra paulistana em relação à do Rio é a exibição de duas obras do artista que pertencem ao acervo do MAM–SP.

Como prova da importância de Vik Muniz na produção plástica contemporânea está o fato de o artista representar o Brasil, ao lado de Ernesto Neto, na tradicional Bienal de Arte Contemporânea de Veneza, na Itália, que está em sua 49ª edição e é uma das mais importantes exposições do mundo.