Até o fim de 2012, o Grande ABC ganhará 17 Unidades de Pronto Atendimento construídas em parceria com o governo federal. Com funcionamento 24 horas, as UPAs terão capacidade de realizar 170 mil atendimentos por mês, 20 mil a mais que a população de São Caetano, apontada em 150 mil habitantes pelo Censo 2010 do IBGE.

Em São Bernardo, que terá nove unidades, seis já foram inauguradas nos bairros Vila São Pedro, Demarchi/Batistini, União Alvarenga, Riacho Grande, Baeta Neves e Paulicéia/Taboão. Cada uma tem capacidade para atender até 400 pessoas por dia, ou 12 mil por mês. O investimento total nessas unidades é de cerca de R$ 26,6 milhões.

Os reflexos começaram a ser sentidos principalmente no Pronto-Socorro Central, que reduziu em 40% a demanda por atendimentos de emergência apenas com a inauguração das quatro primeiras UPAs.

Até o fim do ano que vem, outras três UPAs serão inauguradas. A do Rudge Ramos está em obras e deverá ser concluída em dezembro ou janeiro de 2012. Já as unidades do Jardim Silvina e Alves Dias/Assunção estão em fase de negociação dos terrenos. Após as inaugurações, a cidade terá capacidade para 108 mil atendimentos mensais.

Em Diadema, a unidade do bairro Paineiras tem previsão de entrega para o fim deste ano. O valor da obra é de R$ 1,5 milhão, além de R$ 500 mil para compra de equipamentos. A capacidade de atendimento é de até 12 mil por mês. A outra unidade prevista para a cidade será erguida no bairro Piraporinha, com recursos de R$ 2,6 milhões e capacidade para 13,5 mil consultas mensais. As obras terão início no primeiro semestre de 2012.

São Caetano também ganhará uma UPA até o fim do próximo ano. Foi publicado ontem o edital de licitação para construção e, em até 30 dias, deve ser assinada a ordem de serviço da unidade, que ficará no bairro São José e atenderá até 9.000 pessoas por mês. Serão investidos R$ 2,4 milhões. 

OBRAS
Em Santo André, as três UPAS previstas para serem inauguradas no primeiro semestre de 2012 iniciaram as obras há menos de um mês. A unidade do Jardim Santo André, orçada em R$ 2,3 milhões, terá capacidade para atender até 13,5 mil pessoas por mês.

A UPA Centro, com recursos de R$ 2,1 milhões, atenderá 9.000 pacientes por mês, enquanto a do Sacadura Cabral custará R$ 1,7 milhão e realizará 4.500 consultas mensais.

Para a dona de casa Elizete Martins, 56 anos, a unidade do Sacadura Cabral é um presente. "Antes, esse terreno vivia cheio de mato, que atraía insetos e ratos. Depois, falaram que iam erguer uma unidade da Fundação Casa. Agora estão construindo a UPA, que vai ajudar muito a gente."

A doméstica Judite Correia de Araújo, 51, não vê a hora de a UPA do Jardim Santo André ficar pronta. "Cheguei a esperar mais de quatro horas por atendimento no pronto-socorro da Vila Luzita. É desumano. Vamos ver se com a UPA vai melhorar ou ficar tudo igual."