Moradores e trabalhadores do bairro Assunção, em São Bernardo, terão de conviver com os transtornos na Avenida João Firmino até o início do ano que vem.

As obras na via tiveram início em junho do ano passado e o investimento total chega a R$ 18 milhões. Inicialmente, a previsão da Prefeitura era fazer na via apenas obras de recapeamento, substituição de guias e sarjetas e a construção de ciclovia de cerca de 1,8 quilômetro no canteiro central.

No entanto, ao iniciar as obras, técnicos perceberam que o sistema de drenagem da avenida tinha problemas e precisava ser trocado.

"O local estava com sérias complicações. Tivemos de paralisar toda a obra e a Secretaria de Serviços Urbanos teve de refazer o planejamento, o que nos atrasou", explicou o secretário de Transportes e Vias Públicas, Oscar Silveira Campos.

Outro fator que contribuiu para atrasar ainda mais os serviços é a realização de obra da Sabesp no mesmo local. A companhia executa a construção da rede de coletor-tronco. A equipe do Diário questionou a empresa para saber quando as intervenções serão concluídas, mas não obteve resposta.

O secretário explicou que as obras da Prefeitura - tanto no sistema de drenagem quanto no viário - são feitas ao mesmo tempo que as da Sabesp. "Quando eles sobem a rua nós vamos atrás", exemplificou. A expectativa é que as galerias pluviais sejam finalizada em novembro. "Aí sim começamos a parte de embelezamento e sinalização da via", acrescentou Campos.

Outra novidade será a implantação de faixa exclusiva para ônibus na avenida. Nos horários de pico, entre 6h e 9h30 e 17h e 20h, uma das pistas só poderá ser utilizada pelos coletivos. Ao todo, nove linhas municipais circulam pelo local. "O corredor de ônibus será uma experiência para que possamos criar medidas semelhantes em outras avenidas da cidade", explicou o titular da Pasta.

LIONS

As obras na Avenida Lions deverão entrar na fase de rebaixamento no início do segundo semestre. Atualmente a Prefeitura finaliza as desapropriações ao longo da via. Dos 79 imóveis que receberam decreto de desapropriação, 50 já foram demolidos. Das 29 propriedades restantes, 18 já tiveram o valor da venda definido pela Justiça e depositado pelo município e deverão ser desocupadas no próximo mês. Dos 11 imóveis restantes, o secretário ressaltou que três estão em situação preocupante.

"São comércios, portanto teremos que definir o valor pessoalmente, já que a desapropriação implica em prejuízo por conta de equipamentos."