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Propaganda política causa atropelamento em Mauá
Maurício Rodrigues
Da Redaçao
10/09/2000 | 20:22
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  Uma bandeira partidária é apontada como responsável pelo atropelamento do polidor Ailton Barbosa Costa, 35 anos, em Mauá. Ele tentava atravessar a avenida Presidente Castelo Branco, no Jardim Zaira, na manha de sábado, quando acabou atingido pelo caminhao Ford, placa BSF-6169, Mauá. O motorista Jesus Silveira Rodrigues, 44 anos, afirmou nao ter visto o pedestre por causa do pedaço de pano. O delegado Roque Randal Fodra, do 1º Distrito Policial da cidade, colocou equipes para identificar a qual candidato pertence a peça de campanha.

O atropelamento aconteceu quando vários cabos eleitorais realizavam panfletagem no trevo das avenidas Presidente Castelo Branco e Barao de Mauá. "Estava cheio de bandeiras. Nao dava nem para ver a rua", disse o marceneiro Antônio Aparecido Barbosa, 39 anos, irmao de Ailton. Os dois estavam indo trabalhar quando ocorreu o acidente.

Segundo Antônio, o irmao nao percebeu a chegada do caminhao devido à bandeira. "Era muito grande. Tapou a visao da rua. Meu irmao começou a atravessar e puxou o pano. Do outro lado, estava o caminhao", contou o marceneiro.

Ailton recebeu o impacto na cabeça. O choque com o Ford provocou afundamento de crânio. A vítima foi levada para o hospital Nardini. Ele corre risco de morte.

Jesus afirmou nao ter visto o polidor por causa da bandeira. "Tampou a visao. Toda essa irresponsabilidade dos políticos, e acabou sobrando para mim. Infelizmente me pegaram para Cristo", desabafou. Segundo a estudante Regiane Silva Rodrigues, 20 anos, nora do motorista, a bandeira seria do grupo de apoio do vereador Wagner Rubinelli, candidato à reeleiçao pelo Partido dos Trabalhadores.

A coordenadora de grupo Célia Maria Distádio, 37 anos, disse que apenas quatro apoiadores trabalhavam no local. "O problema é que apenas nós ficamos no cruzamento depois do acidente. O pessoal dos outros candidatos fugiu", explicou Célia. Ela afirmou que equipes do prefeito Oswaldo Dias (PT) e Cincinato Lourenço Freire Filho (PL) também panfletavam no momento do atropelamento.

Segundo Rubinelli, as bandeiras nao fazem parte do material de trabalho de sua campanha. "Nao usamos as bandeiras exatamente por atrapalhar a visao. Nossa opçao foi o guarda-chuva, que além de proteger o apoiador do tempo, nao atrapalha a visao dos motoristas. "Com certeza nao temos responsabilidade nesse acidente", disse o candidato.




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