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Acusado de matar diretor de CDP é preso
Luciano Cavenagui
Do Diário do Grande ABC
06/02/2007 | 23:39
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Fábio Aparecido de Almeida, 26 anos, o Magrelo ou Magrão, foi preso nesta terça pela Polícia Civil de Mauá, acusado de ser um dos três homens que participaram da execução do diretor do CDP (Centro de Detenção Provisória) do município, Wellington Rodrigues Segura, 31 anos, em 26 de janeiro.

De acordo com o delegado titular da delegacia sede de Mauá, Américo dos Santos Neto, Magrelo confessou que Segura foi morto a mando do PCC, por causa de maus-tratos cometidos contra detentos. Entretanto, não confessou que atirou na vítima, apesar de confirmar participação no caso.

Segundo investigação, a ordem final para o assassinato de Segura foi dada pela cúpula da facção, encarcerada em Presidente Venceslau, interior do Estado. Magrelo foi detido em uma chácara de parentes localizada na estrada do Rio Pequeno, no bairro Nova Califórnia, em Rio Grande.

Para tentar despistar a polícia, tingiu os cabelos de preto. Conforme retrato falado elaborado por uma das duas testemunhas do crime logo após a execução, Magrelo tem cabelo loiro. Ele era o único que não usava capuz.

Por meio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a polícia conseguiu descobrir o paradeiro do acusado e armou um cerco à chácara. No final da manhã, quando Magrelo se preparava para sair do local, foi surpreendido pelos investigadores.

Em relação aos outros dois participantes diretos do crime, que ocupavam uma Parati dublê roubada em São José dos Campos, no Vale do Paraíba, sabe-se que um é de Mauá e outro de São Bernardo. A polícia já identificou o de Mauá, que tem prisão preventiva decretada. “É melhor não divulgarmos o nome dele para não prejudicar a prisão.

Sobre o outro participante, estamos tentando identificá-lo com exatidão. Já temos suspeitos”, adianta o delegado Neto.

Ao todo, oito pessoas participaram do planejamento e execução de Segura, que trabalhava desde fevereiro do ano passado em Mauá. Antes, havia atuado em Presidente Prudente, interior do Estado.

Além do assassinato cometido com dez tiros de fuzil e pistolas, os criminosos balearam com quatro tiros a diretora de RH (Recursos Humanos) do CDP de Mauá, Marilene da Silva. Apesar de não ser o alvo principal, ela escapou de morrer por sorte. Fraturou a clavícula e a perna esquerda.

Apesar de ser considerado linha dura no tratamento com os detentos, Segura dispensava escolta fornecida pela PM e pela Secretaria da Administração Penitenciária.

ALERTA
No fim da noite desta terça, foi feita ameaça que o 2ºDP de Santo André sofreria um ataque, por conta da prisão de Magrelo. A polícia ficou em estado de alerta e, por precaução, colocou cavaletes em frente a delegacias e postos da PM.




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