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Desemprego é palavra que assusta. No País, são aproximadamente 13 milhões de pessoas que buscam uma ocupação, o que corresponde a cerca de 12% da população economicamente ativa. Números divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dão conta de que essa procura perdura por mais de dois anos para 3,3 milhões de cidadãos. E que 4,9 milhões se enquadram na categoria desalentados, ou seja, perderam as esperanças e nem vão mais atrás de uma recolocação.
No Grande ABC, o setor industrial – responsável pelos maiores salários – fechou o mês de julho com saldo de 1.100 cortes. Grande parte deste montante em razão do fechamento anunciado da unidade da Ford em São Bernardo. Em todo o ano, a diferença entre contratações e demissões gera resultado negativo de 5.250 postos.
Essas dispensas impactaram os índices de todo o Estado de São Paulo, que nos 31 dias do sétimo mês do ano registrou saldo de 3.500 cortes. E o município foi o que mais teve vagas encerradas no período, com 1.050.
Uma mostra da gravidade e da extensão do problema foi a quantidade de participantes de evento realizado pela Prefeitura de São Bernardo com oferta de postos de trabalho a pessoas que romperam a barreira dos 40 anos e que, por esse motivo, encontram ainda mais um obstáculo para o retorno ao mercado. A atividade reuniu 4.000 candidatos às 300 vagas ofertadas.
É sempre bom lembrar que foi a abundância de empregos, sobretudo nas grandes empresas e em seus fornecedores, a principal causa para o crescimento e desenvolvimento do Grande ABC a partir da década de 1960.
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É claro que os tempos são outros, a produção das empresas foi automatizada e demanda menos mão de obra. Mesmo assim é necessário que as cidades se envolvam nessa causa. Que busquem alternativas junto aos setores público e privado e que a economia do País deslanche. As reformas estão andando em Brasília, e esse é um primeiro passo.
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