Do alto de seus 31 anos e experiência acumulada nas passagens por Atlético-MG, Ceará, Goiás e Fortaleza, o zagueiro Preto Costa não tem dúvida ao cravar que a “vaidade” foi a responsável pela queda da Portuguesa para a Série A-2 do Paulista. O jogador, que defendeu a Lusa entre o início de 2009 e meados de 2011, tem contrato com o São Caetano até o fim de maio e espera renovar.

Por conhecer bem os bastidores do Canindé e manter amigos por lá, o zagueiro disse, sem citar nomes, que o ambiente por lá, de irmandade e descontração, já não era o mesmo desde o acesso à Série A do Brasileiro no ano passado.

“Acho que o acesso subiu à cabeça de algumas pessoas lá. Deixaram a humildade de lado. Aconteceu o que ocorria aqui no São Caetano no ano passado, a vaidade. Uma única pessoa centralizou tudo e não tratava a todos com igualdade, só os amigos. Uma vez essa pessoa chegou a tratar fisioterapeuta de forma humilhante. O clube colheu o que plantou. Lamento o que ocorreu porque tenho amigos lá, muitos são pais de família como eu e batalhadores”, descreveu o zagueiro.

Preto Costa chegou ao São Caetano em setembro do ano passado como reforço para a Série B do Brasileiro e fez 16 partidas como titular. No Campeonato Paulista deste ano atuou 12 vezes e marcou um gol.

Curiosamente, perdeu a posição na véspera do jogo contra a Portuguesa, no Anacleto Campanella. “Estávamos treinando cabeceio, tive torcicolo e não pude atuar. Desde então, não joguei mais. Foi opção do treinador e respeito.” Eli Sabiá assumiu o posto.

Preto Costa e Jorge Luiz formaram a dupla de zaga do Azulão no início do Estadual. O segundo também perdeu espaço e o time encerrou o torneio com parceria Gabriel e Eli Sabiá.

Preto Costa pretende renovar com o São Caetano, mas sabe que seu futuro está nas mãos do técnico Márcio Araújo. “Gostaria de ajudar na campanha da Série B. Mas não depende de mim, apenas da comissão técnica e da diretoria. Estou tranquilo porque sei que nos sete meses que estou aqui fiz o melhor que pude.”