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'Bairro Seguro' chega ao bairro Campestre
Rita Norberto
Do Diário do Grande ABC
31/08/2002 | 18:22
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O programa Bairro Seguro, da Secretaria de Combate à Violência Urbana da Prefeitura de Santo André, chega nesta segunda-feira ao bairro Campestre, onde permanecerá por um mês para fazer policiamento ostensivo com rondas de viaturas e homens da Guarda Municipal. Segundo a coordenação do programa, um mapeamento prévio realizado no bairro revelou que o roubo, principalmente o de veículos, concentrados à noite, são os principais problemas do Campestre. O programa, lançado em abril deste ano, já percorreu a Vila Assunção, Parque das Nações, Vila Pires,Cidade São Jorge e Parque Marajoara – o programa termina neste domingo nos dois últimos bairros.

No Campestre, será aplicado o mesmo programa que esteve nos demais bairros: a presença diária, das 8h às 18h30, da Guarda Municipal, que vai realizar rondas com cinco viaturas e duas motocicletas. O mapeamento, segundo o coordenador do programa, Marcelo Gatto, revelou também os pontos onde há o maior índice de ocorrências. A avenida Industrial aparece em primeiro, registrando em maio (o mais recente) 22 ocorrências. Em seguida, são apontadas as avenidas D. Pedro II, Prestes Maia e a alameda São Caetano – cada uma com seis ocorrências em maio. “Depois de um mês de programa, vamos comparar e observar se houve redução.”

No bairro, os roubos destacam-se entre as estatísticas. Em maio, foram 78 ocorrências – dessas, 37 eram de veículos, 12 de furtos, 12 de furtos de veículos e 17 de roubos. As ocorrências concentram-se no período noturno, especialmente entre 18h e 2h da madrugada. Conforme o levantamento, o pico dos casos ocorre entre 20h e 22h. “Isso se dá porque trata-se de um bairro com movimentação noturna, concentração de barzinhos”, disse. O Campestre tem característica residencial, possui 2,43 km² e 14.933 habitantes (segundo censo do IBGE).

Opinião – O que as estatísticas indicam, os moradores do bairro Campestre já conhecem na prática. Como, por exemplo, o alto índice de roubo de veículos. “Roubaram o carro do meu filho faz 15 dias. E foi o segundo que roubaram na porta de casa. Não tem mais lugar seguro “, disse a advogada Lourdes Mattos, que mora no bairro. Quanto à implementação do Bairro Seguro, ela prefere aguardar e observar os resultados.

Para a aposentada Maria Bastos, há 37 anos no Campestre, o programa deveria ser permanente. “Um mês somente não resolve.” Para ela, o bairro não é seguro. “Está muito ruim. Há pouco tempo quebraram o meu portão e roubaram a casa do fundo. Quando saio, volto correndo para casa, de medo.”




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