Simone e S. haviam descarregado compras na casa da irmã do rapaz, na rua Marquês de Alegrete, quando o crime aconteceu, por volta de 20h40 de sexta. O casal estava com o carro parado, mas com o motor ligado. Um homem de moletom verde surgiu e anunciou o roubo.
Segundo S., Simone se assustou, desceu do carro e tentou correr. Ela foi baleada nas costas. O ladrão fugiu em seguida, sem levar seu carro.
“Eu ouvi um tiro e minha filha queria que a gente saísse de casa para ver o que estava acontecendo. Fiquei com medo, e achei melhor não sair. Aqui acontece muito assalto e é perigoso”, disse a dona de casa O.M., 56 anos, uma vizinha. “Mas em seguida, o rapaz começou a gritar por socorro e a gente saiu. A menina já estava morrendo, com muito sangue saindo pela boca”, continuou.
Segundo outros moradores da rua, o vidro dianteiro do Gol de Simone, ao lado do motorista, foi quebrado durante o latrocínio. O dano teria sido provocado pelo assaltante, para forçar a promotora de vendas a descer do carro.
Quando ela foi baleada, vizinhos acionaram a PM (Polícia Militar) e uma viatura levou Simone para o CHM. A promotora de vendas morreu pouco depois de ser internada. Deve ser sepultada neste domingo no Cemitério Santo André. Cerca de 50 pessoas compareceram ao velório neste sábado.
Insegurança – Simone morava com a mãe, uma irmã, o irmão e a cunhada no Parque Guaraciaba, em Santo André. Foi assassinada em uma rua próxima a sua casa. Ela trabalhava como promotora de vendas da Yakult em hipermercados e havia sido promovida a supervisora no ano passado.
“Eles não namoravam há muito tempo e ontem ela o estava ajudando a levar compras para a casa da irmã dele”, disse o autônomo C.T.G., 40 anos, irmão de Simone.
“Vila Suíça, Guaraciaba, Progresso, Centreville e toda essa parte de Santo André (região Sudeste da cidade, entre as avenidas Giovani Baptista Pirelli e Capitão Mário Toledo de Camargo e a divisa com Mauá, onde se concentram bairros de classe média baixa e pobres) está terrível. Não temos mais segurança para sair na rua. Na rua onde minha família mora, em todas as casas as pessoas já foram assaltadas”, disse. “Quando eu era jovem, a gente ia para os bailes e voltava à pé de noite e de madrugada sem correr perigo. Hoje em dia, acontece isso (o crime) com ela”, completou.
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