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Universidades pregam trote solidário
Tiago Dantas
Do Diário do Grande ABC
09/02/2010 | 07:53
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Universidades do Grande ABC tentam diminuir a ocorrência de trotes violentos ou vexatórios por meio de campanhas de conscientização no início do ano letivo. Mas basta andar por ruas próximas às faculdades para encontrar estudantes pintados com tinta guache pedindo dinheiro em faróis, prática conhecida como pedágio.

À noite, o trote congestionou o tráfego nas proximidades da Universidade Metodista, no Rudge Ramos, em São Bernardo. "Não tem nada de mais em fazer pedágio. Não somos obrigados", afirma o universitário Roaldo Pereira dos Santos, 19 anos, que começou ontem no curso de Administração da Metodista. Thiago Chagas, 23, também concordou em ter os braços pintados.

Ele recebeu, no cabelo, uma aplicação de alginato, material usado por dentistas para fazer molde dos dentes. "As meninas falaram comigo. Não fiz nada forçado", conta o jovem, que é formado em enfermagem.

A Metodista afirma que está preparando uma semana de integração para os alunos. O evento, previsto para começar após o Carnaval, faria parte da campanha Trote não é legal lançada no segundo semestre de 2009. "Ano passado tivemos doação de sangue e limpeza da Billings. Estamos procurando ações que tenham a ver com cidadania", diz Paulo Salles, diretor de comunicação e marketing da instituição.

Na USCS (Universidade Municipal de São Caetano do Sul), os alunos participaram de uma gincana cultural e fizeram plantio de árvores na semana passada. "Isso ajuda a inibir os trotes violentos", avalia o professor Joaquim Celso Freire, pró-reitor de extensão.

O Instituto Mauá de Tecnologia afirmou que é contra o trote e que estuda ações sociais para receber os alunos novos. A aula dos novatos começa dia 23, uma semana antes dos veteranos.




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