Dupla foi condenada por pedir votos em igreja evangélica na campanha de 2016
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O TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) manteve inelegíveis até 2024 os ex-vereadores Vaguinho do Conselho (PRB) e Cida Ferreira (MDB), de Diadema, por terem cometido abuso de poder econômico na eleição municipal de 2016, quando a dupla disputou, sem êxito, o Paço.
Parceiros de chapa, Vaguinho e Cida haviam sido declarados inelegíveis pela Justiça Eleitoral de Diadema. A condenação remete a fatos ocorridos durante o segundo turno da campanha eleitoral, quando a dupla concorreu – e perdeu – o pleito para o prefeito Lauro Michels (PV). Na ocasião, pastores da Igreja Universal do Reino de Deus, que está intimamente ligada ao partido de Vaguinho, pediram votos explicitamente ao republicano e induziram fiéis a escolherem o “10” no pleito, em referência ao número do partido do então candidato.
Na primeira instância, a juíza Luciana Ferrari, da 222ª Zona Eleitoral, entendeu que houve “desequilíbrio” na disputa. Um dos líderes religiosos da Igreja Universal em Diadema, Jorge Correa Vieira também foi considerado inelegível nos dois graus.
Em um dos episódios narrados nos autos, Cida Ferreira, então vice na chapa encabeçada por Vaguinho, participou de um culto e citou que, “quando o espírito do mal entra num político, nem que for para vender a mãe, ele vai inventar um monte de mentiras”. Em outra celebração, um pastor comparou Lauro a “satanás” e pediu votos a Vaguinho porque o republicano “vai ajudar a igreja em Diadema”.
RESPOSTA - Por meio de nota, a Igreja Universal afirmou que “cumpre rigorosamente as leis do Brasil e orienta seus bispos e pastores que façam o mesmo”. Cida não quis comentar a decisão do TRE-SP alegando estar afastada da política. “Estou tranquila”, disse a emedebista, que foi vereadora por sete mandatos e diz não saber se voltará às urnas. Vaguinho não atendeu o Diário.
A dupla ainda pode recorrer da decisão no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
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