Cultura & Lazer Titulo Música
Tributo à Pimentinha

Passadas três décadas de sua morte, a cantora terá o legado
revisto na exposição 'Viva Elis', inaugurada hoje, em São Paulo

Sara Saar
Do Diário do Grande ABC
14/04/2012 | 07:30
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Passadas três décadas de sua morte prematura, que teria sido provocada por intoxicação combinada de álcool e cocaína, Elis Regina (1945-1982) terá o legado revisto na exposição multimídia "Viva Elis", que será inaugurada hoje, no Centro Cultural São Paulo. Em seguida o projeto passará por outras capitais: Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

Com idealização do filho João Marcello Bôscoli, a exposição multimídia é formada por arquivos da família, materiais cedidos pela imprensa e doações de milhares de fãs que entraram em contato assim que souberam da exposição, além de material pesquisado pelo curador Allen Guimarães.

O visitante poderá conferir mais de 200 fotografias de Elis Regina, além de entrevistas, ingressos, pôsteres de shows, vídeos de apresentações ao vivo, especiais de televisão, réplicas de figurinos, revistas e jornais da época. Um documentário ainda mostrará depoimentos de diferentes artistas que trabalharam com a Pimentinha, conforme era chamada por Vinicius de Moraes.

O que deve mais emocionar o público, segundo Bôscoli, é a sala onde será possível escutar a voz de Elis - uma das maiores intérpretes da música brasileira conhecida pelas performances passionais - sem o acompanhamento instrumental.

A proposta da montagem é apresentar a obra de Elis para as novas gerações e oferecer conteúdos inéditos para as pessoas que já a conhecem. Nascida em Porto Alegre, a cantora era filha de lavadeira e operário. Iniciou a carreira quando ainda era adolescente, soltando a voz excepcionalmente poderosa nas rádios. Chegou a São Paulo em 1964, aos 19 anos, depois de tentar a sorte no Rio.

E foi assim que o País inteiro teve o prazer de escutá-la. Uma de suas primeiras conquistas foi vencer o 1º Festival de Música Popular Brasileira (realizado pela TV Excelsior em 1965). Ela cantou a antológica "Arrastão", escrita por Edu Lobo em parceria com Vinicius de Moraes.

MARIA RITA - Também integra o tributo a turnê da cantora Maria Rita interpretando, pela primeira vez, músicas consagradas na voz da mãe. A apresentação que seria realizada no Auditório Ibirapuera, no dia 22, foi adiada porque o espaço limitaria o público em 15 mil pessoas. Data e lugar ainda não foram divulgados.

Viva Elis Exposição. Abre hoje. No Centro Cultural São Paulo (piso Flávio de Carvalho) - Rua Vergueiro, 1.000, São Paulo. Tel.: 3397-4002. Visitação: de terça a sexta-feira, das 10h às 19h30; aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 17h30. Entrada franca. Até 20 de maio.




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