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Espera no PA ainda demora cinco horas
Fabio Berlinga
Do Diário do Grande ABC
30/10/2006 | 22:05
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O problema da falta de médicos no Pronto Atendimento Central de Santo André ainda não foi solucionado pela Prefeitura. O PA atende, em média, 350 pacientes por dia. O ideal, segundo a direção, seria trabalhar com quatro médicos durante o dia e três durante à noite. Mas apenas dois profissionais faziam o atendimento segunda-feira de manhã.

A reportagem do Diário foi até o local por volta das 11h30 de segunda-feira e encontrou pacientes que esperavam desde às 7h por atendimento, como o aposentado Pedro Sarto, 67 anos. Ele reclamava de dor no corpo e outros sintomas de gripe. Quatro horas e meia depois de chegar ainda não havia sido atendido. “Teve que estava com dores e desistiu de esperar”, disse.

Outra paciente, a professora Waléria Volk, 38, passou mal durante uma reunião na Prefeitura e foi encaminhada ao PA. Após duas horas de espera pediu explicações sobre a demora. “Me disseram que apenas dois médicos estavam atendendo. Como um estava ocupado administrando soro em um paciente, na prática, o atendimento está sendo feito por um só”, lamentou a professora, que desistiu de esperar e foi embora às 12h20.

O problema se arrasta pelo menos desde o dia 29 de setembro, quando o Diário noticiou que a demora chegava a seis horas. Na ocasião, a Diretoria da Saúde informou que em 15 dias haveria reposição de médicos por meio de uma parceria com a Fundação do ABC, o que não aconteceu ainda. <EM>

Na quarta-feira passada, a situação era a mesma, com pessoas esperando até sete horas para serem atendidas e outras desistindo por causa da demora.

A Prefeitura garantiu que as negociações com a Fundação continuavam e que os problemas no pronto-atendimento começariam a ser solucionados ainda naquela semana, quando três novos médicos passariam a atender no local. Outros quatro deveriam assumir seus postos nesta semana.

A diretora de serviços pré-hospitalares e do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Rosa Maria de Aguiar, afirmou segunda-feira que três médicos começaram a trabalhar na sexta-feira passada, mas por causa da escala de horários, o problema da deficiência no atendimento persistiu. E que há ainda mais três profissionais contratados por concurso público, que passam por trâmites burocráticos para começar a trabalhar. Destes, um deve começar a trabalhar nesta semana. Outros dois, na segunda-feira que vem.



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