O caso mobilizou uma força-tarefa formada por policiais civis de Santo André, São Bernardo, Diadema e Mauá, além do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais). Dois seqüestradores — o funileiro Elias Afonso Barbosa, 33 anos, o ajudante Anderson Martins Fernandes, 21 — foram presos em flagrante por volta das 22h em um hotel localizado na rua Rui Barbosa, região central de Mauá, após o pagamento do resgate. A dentista, que passa bem, foi libertada na rodovia Índio Tibiriçá, e o dinheiro (R$ 23,9 mil) foi recuperado pela polícia.
Um outro criminoso, o comerciante Jarme Sérgio Duarte da Silva, 27, fugiu do hotel e houve perseguição. Ele foi preso na avenida Castelo Branco, em Mauá, na casa do motorista José Ferreira de Souza, 33, conhecido como Zé do táxi. “O Zé usava um Tempra como táxi para transportar a vítima”, disse o chefe dos investigadores da Dise em Mauá, Marcos Vianna Nunes.
Segundo o investigador da Seccional de Santo André, Roberto Decome, a quadrilha utilizava uma padaria em Mauá, de propriedade de Pedro Lima da Costa, para planejar os crimes. Além de Costa, o protético Clóvis Rodrigues, 27, seria um dos mentores do seqüestro. Ambos foram detidos em suas casas, em Mauá. A vendedora Maísa dos Santos, 18 anos, que seria responsável por vigiar o cativeiro, foi também presa em sua residência, no Jardim Alvorada, em Santo André.
A quadrilha indicou outros dois comparsas que teriam atuado no seqüestro de um empresário de Santo André. São eles Mauá Fábio Senatt de Moraes, 23 anos, o Binho, e Fagner Aparecido Vieira, 20, o Jeguinho, ambos detidos em Mauá.
Com a quadrilha, foram apreendidos quatro carros — Tempra, Golf, Palio e Gol — e duas armas de fogo. Outros dois suspeitos de integrarem o bando já identificados estão foragidos. O cativeiro, uma casa alugada em Mongaguá, foi localizado.
A polícia está investigando a participação da quadrilha em outros seqüestros na região. “Pode ser que eles estejam envolvidos em outros casos e isso está sendo investigado”, afirmou Nunes. Segundo ele, o Dise está se empenhando para pôr fim à atual onda de seqüestros. “Vamos nos mobilizar para acabar com os seqüestros na cidade. Vivemos uma situação que não pode continuar.”
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