Eliane Figueiredo é investigada por participar de assassinado da soldado Juliane, de S.Bernardo
Suspeita de envolvimento na morte da soldado da PM (Polícia Militar) Juliane dos Santos Duarte em Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, Eliane Cristina Figueiredo, conhecida como Neguinha, prestou depoimento na noite de sexta-feira à Polícia Civil e negou qualquer ligação com o crime. O caso ainda é recheado de mistérios. Moradora de São Bernardo, a PM, 27 anos, desapareceu no dia 1º após comparecer a um bar localizado na comunidade do Paraisópolis e foi encontrada, posteriormente, com tiros na cabeça no porta-malas de um veículo no bairro Campo Grande na segunda-feira, a oito quilômetros do local onde foi vista com vida pela última vez.
Eliane concedeu oitiva no DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa) e foi liberada na madrugada de ontem. Ela rechaçou estar atrelada ao sequestro e assassinato da policial. Até o momento, dois suspeitos foram presos de forma temporária. Felipe Oliveira da Silva, vulgo Silvinho, foi identificado como a pessoa que deixou a motocicleta da vítima na Praça Panamericana, na Zona Oeste da Capital. Antes dele, já havia sido detido Everaldo da Silva Félix, o SemFronteira, que teria relação com o tráfico de drogas e tentou se livrar de celulares ao se deparar com a polícia.
A averiguação está sendo conduzida pelo DHPP, que seguirá com o apoio do 89º DP do Morumbi, responsável pelo caso desde os primeiros movimentos. Os investigadores estiveram novamente na sexta na favela em busca de novas pistas sobre o episódio. Na quinta-feira, três testemunhas que estavam no Bar do Litrão, no Paraisópolis, onde estava Juliane, foram prestar depoimento. Foi falado mais uma vez que a soldado se apresentou como policial depois de ter conhecimento que um celular havia sumido do local.
No meio da apuração, os policiais acharam quatro armas dentro de um barraco, que seria de Eliane. Um dos equipamentos, inclusive, tinha o brasão da PM, só que os investigadores assinalaram que a pistola em questão era de modelo diferente da utilizada por Juliane. A operação também recolheu parte de celulares e roupas de cama para perícia, visando identificar se a soldado passou algum tempo na região antes de ser morta.
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