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Maior acidente aéreo do País completa um ano
André Vieira
Especial para o Diário
17/07/2008 | 07:10
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Elaine Tavares da Silva costumava ficar no trabalho além do horário às terças-feiras - era seu dia do rodízio de veículos na Capital e ela esperava passar o período de limitação para voltar para São Bernardo. Morador de Diadema, o taxista Thiago Domingos da Silva estacionava no posto de gasolina ao lado do depósito em que Elaine aguardava.

O auditor Márcio Alessandro de Moraes viajava a trabalho. O gerente de metalúrgica João Valmir Lemes de Souza também havia saído pelo mesmo motivo, assim como o funcionário de departamento de marketing Renato Garcia Ribeiro, os três de Santo André. Mesma cidade onde nasceu o coordenador Marco Antônio da Silva, que há mais de uma década morava em Porto Alegre e viajou para participar de uma reunião.

Em comum a essas seis pessoas, o destino. Todas morreram há um ano no maior acidente aéreo da história do Brasil. Depois de sair de Porto Alegre, o vôo 3054 da TAM tentou aterrizar no aeroporto de Congonhas e, depois de derrapar na pista, atravessou a Avenida Washington Luiz e bateu no depósito da própria companhia às 18h45. A colisão matou 199 pessoas.

LEMBRANÇA
"Foi um ano difícil, de dor e saudade", disse Amilde Tavares da Silva, 58 anos, mãe da secretária Elaine, à época, com 33 anos. A filha trabalhava no prédio destruído.

A família e a empresa já acordaram indenização. "Mesmo se eles me dessem a TAM inteira, estariam em débito. Não há dinheiro ou moeda que substitua minha filha"

Hoje Amilde não sai mais para trabalhar. "Meu estado de saúde é muito delicado, desenvolvi problemas cardíacos após o acidente e fui aconselhada pelo médico a não me desgastar com isso", revelou a mãe de Elaine, contando que, neste intervalo, por mais de uma vez precisou ser internada na UTI. (Supervisão de Daniel Trielli)




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