O Sindicato dos Rodoviários do Grande ABC apresenta a manifestação, entre hoje e amanhã, para o Tribunal Regional do Trabalho. No documento, a direção da entidade acata o caminho da conciliação com o empresariado do setor. Mas defenderá outras cláusulas, como a extensão do tíquete-refeição no período de férias e a continuidade de pagamento do plano de saúde após o 15º dia, em casos de licença saúde.

Trabalhadores e empresários têm até o dia 15, prazo concedido pela Justiça, para chegarem a um acordo. Ontem, nada ficou definido. Pelo menos foi o que garantiram os dois advogados das entidades - representantes dos trabalhadores e patronal.

A categoria esteve em greve do dia 1º ao dia 3, o que provocou o caos na vida do cidadão dependente do transporte público. Para José Alberto Moraes Alves Blandy, advogado dos Rodoviários, há necessidade de urgência na negociação. "Ele não pode cochilar", disse o profissional, referindo-se ao presidente da entidade, Francisco Mendes da Silva, o Chicão.

E acrescentou que, "por ingenuidade" motoristas e cobradores não aceitaram a proposta inicial - 8% sobre os salários, embora a categoria exigisse 15%. Em audiência de conciliação, a Justiça havia determinado 7,8%.

Francisco Bernardinho Ferreira, gerente jurídico da Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC, disse que os empresários se reunirão "dia desses" para buscar alternativas de encaminhamento.