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O Rappa dá adeus

Após mais de 20 anos na estrada, banda se despede do público da região hoje

Vinícius Castelli
07/04/2018 | 07:00
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Divulgação


 Desde o lançamento de seu primeiro álbum, a banda carioca O Rappa carrega na bagagem trabalhos como Lado B Lado A e Rappa Mundi, entre tantos outros, e de músicas que explodiram nas rádios, como é o caso de Minha Alma e Pescador de Ilusões. Agora, 24 anos após seu surgimento, a banda segue em turnê, contudo, desta vez com sabor diferente. Se trata da última excursão antes de uma pausa ainda incerta, sem data para retorno, se é que terá.

O grupo aproveita para se despedir do público do Grande ABC e sobe ao palco da Estância Alto da Serra, em São Bernardo. Hoje, a partir das 21h, ao lado do grupo Cidade Negra. Os bilhetes custam de R$ 80 a R$ 300 (www.ticket360.com.br).

Formado por Marcelo Falcão (voz), Marcelo Lobato (bateria), Lauro Farias (contrabaixista)e Xandão Meneses (guitarra), O Rappa promete apresentação visceral. Segundo o guitarrista, os espetáculos têm sido diferentes, por conta, principalmente, da emoção da plateia.

O artista explica ao Diário que a decisão de parar com o trabalho da banda surgiu antes de lançarem o disco Acústico Oficina Brennand (2016). É algo, segundo ele, do qual o grupo precisa. “Existe um desgaste entre nós e após anos muito intensos na estrada, certas coisas começam a tomar caminhos dos quais nem todos concordamos. Por isso, chegamos a um consenso de que é melhor cada um ir para um lado. Eu, Lobato e Lauro temos vontade de, daqui a um tempo, trabalharmos juntos novamente. Vamos ver o que acontece”, diz o artista.

Para o show na região, Xandão diz que o repertório, como tem sido ultimamente, será uma surpresa, até mesmo para ele. “Temos tocado algumas coisas antigas também, mas é uma coisa sem pensar muito”. O que ele promete é uma apresentação intensa, cheia de clássicos e bem alto-astral. Xandão se lembra que O Rappa já fez shows históricos por aqui, então o Grande ABC tem grande importância ao grupo. “O Negralha, DJ da banda, foi criado na região, então é sempre um verdadeiro encontro com a família tocar em São Bernardo e proximidades”, diz.

No grupo desde o início – ele é um dos fundadores –, Xandão considera o trabalho de O Rappa como de uma banda que conseguiu conquistar respeito muito grande das pessoas e mostrar sua identidade. Dificuldades não foram poucas, mas, segundo o artista, é algo que faz parte e que os ajudou a se fortalecerem, não só como banda, mas como indivíduos.

Mas o que dá mais orgulho para Xandão quando o assunto é O Rappa é “olhar para o público que construímos e perceber que eles entendem o que colocamos nas nossas letras e música. Ver gerações de famílias inteiras na primeira fila dos shows é algo muito tocante”, reflete.

O guitarrista acredita que as letras da banda acabam tomando um tom profético, o que nunca foi a intenção do grupo. “Falamos do que observamos no nosso dia a dia, então, é difícil mensurar essa contribuição. Nossos atos são como de qualquer cidadão comum.”

O Rappa e Cidade Negra – Show – Na Estância Alto da Serra – Estrada Névio Carlone, 3. São Bernardo. Hoje, a partir das 21h. Ingressos: R$ 80 a R$ 300 (www.ticket360.com.br).




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