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Sto.André e S.Bernardo ganham padarias sociais

Polos de programa do Fundo Social de Solidariedade do Estado pretendem formar até 320 pessoas

Bianca Barbosa
Especial para o Diário
02/03/2018 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Foram inaugurados oficialmente, ontem, os polos regionais da Padaria Artesanal em Santo André e São Bernardo. Criado pelo Fundo Social de Solidariedade do Estado em 2011, o programa tem o objetivo de qualificar pessoas carentes, desempregadas ou em situação de vulnerabilidade social. A expectativa é a de que pelo menos 320 munícipes das duas cidades sejam capacitados ainda neste ano.

Cada polo demandou investimento de R$ 12 mil, além do recebimento de kit de padaria (com forno, formas, liquidificador e mesa) e carteiras para aulas teóricas do Estado. “Você dá cesta básica e ela acaba. Dá o dinheiro e ele acaba. Mas a qualificação faz eles (alunos) saírem daqui independentes”, ressalta a presidente do Fundo Social de Solidariedade do Estado, Lu Alckmin.

Em Santo André, as aulas ocorrem na sede do Fundo Social de Solidariedade, localizada dentro da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). Desde janeiro, quando tiveram início as aulas, 41 pessoas já se formaram. “Até abril pretendemos formar mais de 200 pessoas. Até 1º de março, já serão 41 capacitados”, afirma a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade andreense, Ana Carolina Rossi Barreto Serra.

Já em São Bernardo, o polo funciona, desde outubro do ano passado, nas dependências da Fundação Criança, no Parque São Bernardo. Desde o início do programa, 33 pessoas foram capacitadas e outras cinco passam por formação. Segundo a primeira-dama e presidente do Fundo Social de Solidariedade da cidade, Carla Morando, os cursos são oportunidade para pessoas desempregadas ou que precisam de renda extra. “Além de capacitar alunos, o polo também passa ensinamentos a professores de outras regiões”, destaca.

Além de dez tipos de pães tradicionais, alunos aprendem a fazer pão de mel, bem-casado, tortas, quibe, colomba pascal, panetone e cookies gourmet. O curso de Padaria Artesanal possui 40 horas de duração, divididas em dez aulas. Podem participar pessoas com mais de 16 anos, não sendo exigida escolaridade mínima.

Moradora do Centro de Santo André, Ana Carolina da Silva, 18 anos, revela que vai utilizar o que aprendeu no curso de panificação para fazer doces e vender. A ideia é juntar recursos para pagar cursinho preparatório para o vestibular, tendo em vista o sonho de cursar Medicina. “Não sabia nada de cozinha, aprendi tudo aqui. São receitas fáceis”, comenta.

Andreia Oliveira, 39, foi uma das primeiras alunas do polo de São Bernardo. A moradora da Vila São Pedro está desempregada há quatro meses e considera importante que iniciativas como essa atendam às comunidades mais carentes. Após a formação, ela tem fé que irá conseguir novo emprego ou até mesmo começar o próprio negócio. “Com o curso, percebi o quanto é fácil abrir uma minipadaria, mesmo em casa. Basta ter as técnicas, os equipamentos e a vontade de dar certo”, confia emocionada.

Desde o início do projeto estadual, pelo menos 98 mil pessoas já foram beneficiadas com a formação em padarias artesanais. Até o fim do ano, serão 39 polos no Estado.

 




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