Paço assinará contrato de R$ 6,7 mi após sete meses sem realizar diagnósticos
Após pelo menos sete meses sem realizar exames por imagem, a Prefeitura de Diadema, governada por Lauro Michels (PV), colocou na rua licitação para contratar empresa que ficará responsável por fornecer equipamentos, mão de obra e insumos para os diagnósticos, como raio X. O pregão eletrônico foi aberto no dia 19 e o contrato é de R$ 6,7 milhões, válido por um ano.
De acordo com o edital desenhado pelo Paço, a firma a ser contratada deverá atuar em três equipamentos de Saúde do município: Quarteirão da Saúde, no Centro, e dois PAs (Pronto Atendimentos): o do Paineiras e o do Eldorado. O governo Lauro agendou para o dia 2 de março a disputa eletrônica. Por haver pequenos prazos para interposição de recursos, o processo deverá se prolongar por uma semana para, por fim, ser homologado.
O Diário vem mostrando esse impasse desde agosto do ano passado, quando visitou o espaço destinado à realização dos exames por imagem (ultrassonografia, mamografia, tomografia computadorizada, densitometria óssea e radiografia) no Quarteirão da Saúde e constatou a paralisação dos serviços. Funcionários relataram que a Fidi (Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem), então responsável pelos procedimentos, retirou os aparelhos do local, em meados de julho, por falta de pagamento por parte da gestão Lauro.
Embora a própria empresa tenha negado ter abandonado os serviços no Quarteirão por motivos de calote, a equipe de reportagem do Diário nunca encontrou funcionários da firma no espaço e o próprio Portal da Transparência da Prefeitura indicava a ausência de pagamentos de diversas mensalidades ao longo de 2017. Em dezembro, por exemplo, o Paço chegou a quitar parcelas referentes ao mês de maio. Ao todo, a Fidi recebeu R$ 2,7 milhões do governo Lauro no ano passado.
Desde que parou de realizar os serviços de diagnóstico por imagem, o município passou a atender apenas casos de urgência e emergência e ultrassons em episódios de gravidez de risco. O imbróglio também chegou a ser criticado na Câmara pelo oposicionista Cicinho (PRB).
Segundo o secretário de Saúde do município, Luiz Cláudio Sartori, a demora para a realização da licitação se deu por conta de entraves jurídicos.
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