As compras de final de ano têm atraído os populares trombadinhas para a Rua Marechal Deodoro, no Centro de São Bernardo, uma das principais áreas comerciais do município. Os comerciantes dizem que o pouco policiamento deixa a via ainda mais vulnerável neste ano.

Os lojistas reclamam que justamente no mês de maior movimento para o setor, a rua está sem a presença policial e da Guarda Civil Municipal. "É uma época crítica. Você não vê mais o policiamento que tinha há dois meses", afirma Antônio Carlos Vicentini, 62 anos, proprietário da galeria Multi-Box.

"Não vemos muita perspectiva. Estamos esquecidos aqui. Vamos ter de contratar segurança privada", indigna-se João Cury, 45, outro comerciante da via.

Vicentini relata que na semana passada um rapaz entrou na galeria fugindo de assaltantes. Ele reagiu e um dos criminosos atirou, mas a bala pegou no teto.

"Eles estavam em três. Enquanto eu mostrava um produto para dois, outro entrou e pegou dinheiro do caixa. Corri atrás dos ladrões e uns amigos me ajudaram", conta a comerciante Elizete Ramos dos Santos, 48, que foi furtada anteontem. Os infratores, todos menores de idade, foram abordados pela Polícia Militar já perto da Praça Lauro Gomes.

Outro crime comum, conforme relatam os comerciantes e clientes, é o assalto a pessoas que saem dos bancos da região. Essa modalidade vem se tornando cada vez mais habitual na Grande São Paulo e é apelidada pelos criminosos de saidinha de banco.

Ontem pela manhã, a reportagem do Diário viu duas motos da Polícia Militar na esquina com a Rua Padre Lustosa e outras duas viaturas na Praça da Igreja Matriz. No início da tarde, uma base comunitária móvel foi instalada na mesma praça.

A GCM (Guarda Civil Municipal) de São Bernardo informa que desde o último dia 12 reforçou o policiamento nas áreas comerciais do Centro para a Operação Fim de Ano, mas não especifica quantos homens ou carros passaram a fazer a segurança. Segundo a Prefeitura, a partir deste fim de semana, o policiamento a pé será intensificado no entorno das ruas comerciais.

Até o fechamento desta edição a Polícia Militar não se manifestou sobre o problema.